segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

(Livro) Garota Exemplar!

**Texto com Spoilers**

Eu poderia dizer que o fato de ser produtora editorial faz com que eu goste de ganhar livros, mas a verdade é que meus olhinhos sempre brilharam por esse tipo de presente (o que pode explicar a escolha da carreira, no final das contas) e quem me conhece sabe. E quem sabe me dá de livros (e pinguins, outra paixão) e me deixa feliz como criança que ganhou brinquedo novo.

E uma dessas pessoas fofas, amiga e também filha da ECO/UFRJ, me presenteou neste aniversário com Garota Exemplar e comentou que “azamigas feministas estão gostando muito”. Eu já tinha ouvido falar deste livro quando do lançamento do filme inspirado nele, mas admito que na época não me chamou atenção e deixei para lá.

O livro ficou uns dias na minha estante porque eu estava lendo outro e sou uma mocinha fiel (um livro por vez!), mas quando terminei o anterior resolvi apostar que Garota Exemplar seria uma boa companhia para os dias de folga que eu teria na semana do Natal e coloquei na mala. E que livro! Estou simplesmente apaixonada pela Gillian Flynn (a autora).

A história realmente gira em torno do desaparecimento de Amy e da suspeita que começa a pairar sobre Nick, seu marido. Mas é MUITO mais que isso. A autora intercala os capítulos entre relatos de Nick no presente, já durante as buscas pela esposa, e trechos de diários de Amy ao longo dos sete anos de relacionamento e cria um clima de “ele disse, ela disse” que envolve bastante o leitor. “Escolha um lado”, parece dizer a narrativa.

O que eu mais gostei, no entanto, é que a autora nos manipula com perfeição através da protagonista. O primeiro terço do livro (não em número de páginas, mas na divisão da obra) é todo feito para que a gente acredite que Amy é uma mulher gente boa que está tendo problemas com o marido egoísta. A gente fica querendo abraçar ela, sabe? E dizer coisas como “larga esse cara, querida”. O próprio Nick em sua parte como narrador sabe que não tem sido um companheiro muito legal, apesar de ter bastantes queixas a respeito do comportamento da esposa.

E a gente fica nessa angústia, achando que algo aconteceu com Amy (apesar da sensação de ser bem improvável que tenha sido culpa do Nick) e esperando a reviravolta. E ela vem. E vem com tudo. Na verdade a história toda do desaparecimento foi armada pela própria Amy, durante um ano inteiro, a partir do momento em que ela descobriu que estava sendo traída. O plano foi elaborado como forma de punição para Nick. Aí a gente vê como ela é ardilosa e malvada e como já aprontou antes e as coisas sempre deram certo.

A partir desse momento meu maior medo era que o livro caísse no lugar comum de tentar fazer com que os leitores passassem a torcer contra a protagonista afinal ela é uma menina má. Mas isso não acontece porque a essa altura Amy já nos envolveu. E aí veio meu segundo receio, que era dela ser punida ou encontrar algum tipo de redenção a partir do arrependimento/sofrimento/amor. E isso também não veio. E eu amei o livro. Adorei a coragem da autora de escrever uma personagem feminina completamente manipuladora e anti-heroína que não precisa “pagar” por isso no final das contas. Amy é linda, louca, malvada. E se dá bem no final. Como não amar?

A gente até está acostumado com anti-heróis na ficção, mas a maioria é composta personagens homens que fazem tudo errado e que mesmo assim são tidos como charmosos e interessantes e que podem muitas vezes se dar bem sem culpa. Às personagens mulheres que ousam desafiar o papel de boas moças costuma ser dado um desfecho que mostre que não é uma boa ideia ir contra o sistema, a moral e os bons costumes. Por isso eu gostei tanto desse livro, por ser diferente. E entendi a frase da minha amiga, sobre ele estar fazendo sucesso entre as feministas.

O grande mérito de Garota Exemplar, em minha opinião, é se livrar das amarras morais. Isso é ficção, gentes! Não é preciso pautar toda e qualquer história com os parâmetros éticos e morais do mundo real porque isso limita a arte. Nem tudo precisa terminar com uma lição de que só o bem compensa. A verdade é que Amy é uma personagem feminina que tem tudo para ser desprezível, mas que é cativante. E acredito que nos conquista justamente por essa liberdade de ser quem é. Não almejo ser Amy nem conviver com pessoas assim porque obviamente ela é completamente criminosa e cruel, mas quero que ela exista na ficção. Quero que as mulheres tenham esse protagonismo de serem retratadas das mais diversas formas. Que possam ser inclusive más. E sem precisar de desculpas.  

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Curitiba!

Os planos eram de passar uma semana no Chile, mas a roda gira, a vida acontece e fui parar em Curitiba com papai e mamãe! O que nasceu como uma viagem de última hora para que eu não perdesse os dias de férias já marcados acabou se tornando um passeio muito legal em família, uma oportunidade de ficarmos um pouco mais juntos. Claro que com todos os estresses que isso traz, mas sobrevivemos e, principalmente, nos divertimos! 
Curitiba é uma cidade muito agradável, que me conquistou e que por isso ganha espaço aqui no bloguinho. Seguem minhas dicas sobre a capital do Paraná!

Como ir?

A gente deveria ter ido de avião, o que levaria menos de duas horas de viagem e sairia por um preço bem razoável já que sempre tem promoções para lá saindo do Rio de Janeiro, mas meus pais resolveram que seria legal ir passeando de carro e o resultado foi que passamos catorze intermináveis horas na estrada, tendo que ir devagar por conta dos radares e pagando muitos reais em pedágios. Eles se divertiram e eu sofri, então a minha dica é AVIÃO. 

Onde Ficar?

Nós fomos no começo de novembro e fechamos tudo em cima da hora, então não pudemos contar com muitas opções para escolher porque vários hotéis já estavam cheios. Acabamos optando pelo Ibis Budget do Centro (fica perto da Rodoviária) e achei que a relação custo x benefício foi boa. Ibis é tipo Mc Donald´s, né? Tem em todo lugar e segue um padrão. Não é o melhor hotel do mundo, mas é barato, limpo e razoavelmente confortável. O atendimento na recepção foi muito bom e o café da manhã estava ok. Só não gostei da lanchonete deles que só tinha misto quente. Acho que estão oportunidade de ganhar um bom dinheiro extra, já que as opções de comida no entorno do hotel são muito poucas. 

O que fazer?

Curitiba tem muitas opções de lazer, mas recomendo não fugir dos clichês Jardim Botânico, Ópera de Arame, Feira do Largo da Ordem (apenas aos domingos), Museu Oscar Niemeyer ( que achei LINDO e olha que eu nem sou fã dos projetos dele. Só gostei desse e do MAC, em Niterói), Torre da Oi (uma vista linda da cidade e não dá medo porque é toda fechada de vidro!)...E o legal é que diferente do Rio de Janeiro a maioria das atrações é gratuita ou com preço barato. E dá para estacionar de graça em vários dos pontos turísticos. A carioca acostumada com preços abusivos pira! rs
Uma boa opção para quem está indo pela primeira vez, está sem carro ou não dispõe de muitos dias na cidade é pegar o ônibus turístico de dois andares que faz os principais pontos turísticos de Curitiba. Nele o passageiro tem direito a um embarque e quatro reembarques com o preço de uma passagem (30 dinheiros), além de receber um guia. Achei super divertido e dá para ter uma excelente visão da cidade. Só tome cuidado com a cabeça na hora de levantar porque o teto é baixo (eu não tive problemas com isso porque sou pequena, mas uma senhora mais alta machucou a cabeça =/).
Se você curte passeio de trem, pode ir de Curitiba a Morretes numa viagem de três horas por dentro da mata atlântica numa estrada de ferro da época do Império. O visual é lindo! Em Morretes dá para comer bem, por um preço legal e dar uma voltinha na cidade com jeito de lugar do interior. A volta pode ser feita de trem ou ônibus/van, que foi nossa opção por ser mais rápida. E para quem quiser continuar no espírito "estrada de ferro" quando já tiver voltado para Curitiba, recomendo o Shopping Estação. Ele foi construído na antiga estação de trem da cidade e preserva suas características arquitetônicas, além de abrigar um museu ferroviário.
E claro que não dá para falar desta cidade sem dizer que ela tem MUITAS opções de parques e bosques, então se a ideia é entrar em contato com a natureza lá é o lugar ideal. A gente não aproveitou muito essa parte porque não somos exatamente uma família aventureira, que faz trilhas e tudo mais, porém só de olhar para esses lugares já dá uma paz incrível. 
O que eu não achei muita graça foi a Rua das Flores, que é bonitinha, mas só. Infelizmente o Palácio Avenida, onde rola o famoso coral de natal, ainda estava sendo enfeitado e fiquei um pouco frustrada com isso porque acho que teria deixado a experiência mais legal, porém achei que valeu a pena passear por lá apesar disso porque é no coração da cidade. A Rua 24 horas, no entanto, não vale a visita. É apenas uma galeria sem graça e com poucas lojas.

Onde comer?

Meus pais não são muito animados a testar comidas novas então acabamos ficando no básico mesmo, mas gostamos do Bairro de  Santa Felicidade (de colonização italiana) para comer e comprar vinho (fica a dica de visitar a loja Durigan). Também aprovamos o restaurante Casarão, em Morretes, que é uma graça, com bom preço e vista para o rio da cidade. E eu adorei a hamburgueria Madero, que tem sanduíches ótimos e custa bem menos do que seria cobrado no Rio de Janeiro. Vale muito a pena!










sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Produtos Fefa Pimenta!

Um belo dia, depois de ler coisas sobre componentes químicos nocivos que me deixaram bastante assustada, resolvi trocar meus produtos de higiene convencionais por opções mais saudáveis. Depois de muito ler sobre o assunto (tem sites e grupos ótimos no Facebook que ajudam demais nessa transição) eu comecei a comprar de marcas confiáveis (é sempre preciso ficar de olho para não cair em enganação). Comprei shampoo, condicionador, desodorante...Mas o sabonete era sempre um problema porque é algo que a gente tem que comprar toda hora e as saboarias que eu conhecia eram fora do Rio e eu tenho muita pena  de pagar mais caro no frete do que no produto em si.
Meus problemas nesse quesito acabaram quando a lynda da Fernanda (aka Fefa Pimenta) lançou sua lojinhavirtual. Ela faz sabonetes e shampoos em barra, além de revender produtos da Lazlo, com preços ótimos e entrega grátis para o centro. Como eu trabalho nesta região é só alegria! Os produtos são muito bons! Cheiro incrível, boa durabilidade (são maiores que um sabonete comum e dá para cortar ao meio facilmente), textura ótima e fazem efeito! A gente sai do banho feliz e com a certeza de que usou um produto feito com muito profissionalismo e amor. E as embalagens são lindas (essa parte é crédito do marido dela, o Mr. Pepper. rs).
Eu ainda estou engatinhando nesse mundo natural e, admito, deixo muito a desejar principalmente na parte da alimentação, que deveria ser bem mais saudável, mas acho que é importante começar de algum jeito, né? O meu foi esse. Resolvi que sempre que possível vou comprar de pessoas e lojas que praticam comércio justo, com preocupação tanto com a saúde quanto com o meio ambiente.  E a Fefa Pimenta com certeza se enquadra nesses quesitos, então fica a dica. ;)

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Banda do Mar!

Daí que a Mallu Magalhães (adoro *-*) se juntou com o Marcelo Camelo e o Fred Ferreira e juntos fizeram a Banda do Mar e lançaram 12 músicas num disco que é o meu favorito em muito tempo. E cruzaram o oceano para vir para essas bandas fazer shows e eu encarei a Lapa e o Circo Voador (não gosto de lugares cheios e fechados) para assistir esses lindos e foi perfeito. Tão mágico que encomendei o vinil (acho que meu último desses foi da Xuxa, em idos de 199epouquinho) que é azul da cor do mar para ouvir na vitrola de papai. Só queria recomendar para todo mundo ouvir e se apaixonar e cantar. Eles estão em turnê e tem cd, tem vinil e tem YouTube para se deliciar. É muito amor! =)




quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Festival do Rio 2014 em 1 minuto!

Ando sem tempo (e quem é que anda com ele sobrando, não é mesmo?), mas queria dizer que o Festival do Rio desse ano foi, como em todos os anos, desorganizado e eu me estressei, mas que mesmo assim achei que valeu a pena pegar sessão às 22:00 (morrendo de cansaço!) para ver filmes fora do circuito cinemão pipoca.

Os meus favoritos foram Party Girl e Mil Vezes Boa Noite, que apesar de serem completamente diferentes um do outro trouxeram protagonistas femininas memoráveis. São filmes que me marcaram muito e acho que todo mundo deveria assistir. É incrível como a gente (principalmente as mulheres, por conta da nossa criação) está sempre tentando se encaixar no que os outros esperam de nós, tentando nos domar e abafar quem somos. E isso, baby, não dá certo. Nem na ficção, que dirá na vida real.
Também gostei bastante de 1001 Gramas e do documentário A Jornada Fantástica de George Takei (saudações trekker!). E em um ano com Festival sem Odeon, uma outra coisa inédita ocorreu: Saí de um filme pela metade! Juro que tentei, mas Bem Perto de Buenos Aires me tirou do sério. Aqueles sons de fundo super altos e a completa falta de história (que minha amiga atriz chama de "não-narrativa") foram demais para mim. Já passava das 22 e eu não mereço som de aspirador de pó no último volume. ;)

domingo, 17 de agosto de 2014

Miró + Portinari no Rio!

O centro do Rio de Janeiro é o local ideal para quem procura programas culturais no melhor estilo "Bom, Bonito e Barato", uma vez que possui museus e centros culturais, além do Teatro Municipal (que tem espetáculos populares, é só ficar de olho na programação) e da Biblioteca Nacional. As entradas nestes locais costumam ser bem baratas ou mesmo gratuitas.

A exposição carioca mais famosa do momento é a que reúne obras de Salvador Dalí no Centro Cultural Banco do Brasil, que fica em cartaz até 22 de setembro e tem entrada franca. A mostra está linda e vale muito a pena a vista, porém existem outras opções que também merecem ser conferidas! Eu fui conferir duas delas e resolvi comentar um pouco aqui no bloguinho para deixar a dica! ;)

Até o dia 28 de setembro a Caixa Cultural do Rio de Janeiro apresenta a exposição “A Magia de Miró, desenhos e gravuras”, que conta com 69 obras do artista espanhol e 23 fotografias em preto e branco de Miró registradas pelo curador e fotógrafo Alfredo Melgar. A mostra busca mostrar um plano mais íntimo e pessoal do mundo do pintor ao exibir obras produzidas sobre papel, que são na verdade esboços ou notas para quadros. As ilustrações foram realizadas entre as décadas de 1960 e 1980. Para quem esperar ver pinturas pode ser um pouco decepcionante, uma vez que o foco são os desenhos. Existem quadros, mas não são muitos. De qualquer forma, acho que vale a visita, afinal é uma oportunidade para ver o processo criativo por trás das obras de Miró.

O Museu Nacional de Belas Artes traz, até 14 de novembro, uma exposição de obras de Candido Portinari. O acervo foi doado em janeiro de 2013 pela Finep, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e chega agora ao público carioca. A mostra Portinari está bem interessante, ocupando algumas salas do segundo andar do museu e trazendo obras variadas do artista. Gostei principalmente de um quadro com uma Nossa Senhora do Carmo que é uma coisa linda (consegui uma foto dela para colocar aqui) e também dos esboços para a Igreja de São Francisco de Assis. Achei os detalhes dos pés e das mãos muito bonitos. Também está em cartaz no MNBA a exposição "Se noite fosse água", com obras de Sergio Fingermann. Eu tinha ouvido falar por alto desta mostra, mas fui sem muitas expectativas e tive a grata surpresa de gostar bastante! =)

Para quem estiver com disposição, no terceiro andar é possível conferir as obras do Acervo Permanente do Museu. Tem bastante coisa boa por lá e dá para ficar um bom tempo apreciando. A única coisa que me incomodou um pouco foi que saí do Museu Nacional de Belas Artes com a mesma sensação de quando fui ao Museu da República, de que o espaço poderia estar mais bem conservado. O MNBA está com os estofados dos bancos completamente desgastados e o piso de madeira já viu dias melhores, além de que fiquei com a impressão de que algumas obras andam precisando de restauração.

A Caixa Cultural do RJ fica na Avenida Almirante Barroso nº 25 e funciona de terça a domingo, das 10 às 21 horas. A entrada é franca. O Museu Nacional de Belas Artes está localizado na Avenida Rio Branco nº199 e fica aberto de terça a sexta, das 10 às18 horas e nos sábados e domingos de 12 às 17 horas. A entrada custa R$ 8,00 (inteira) e R$4,00(meia). O MNBA possui ingresso família, onde até 4 parentes podem entrar pagando apenas um ingresso de R$8,00. Aos domingos é grátis para todos. Estudantes de universidades federais possuem gratuidade.

domingo, 22 de junho de 2014

Salgadinhos Orgânicos!

Para quem (como eu) adora um bom salgadinho, mas sente culpa por conta das tranqueiras artificiais que eles têm, a Mãe Terra possui algumas boas opções para comer sem culpa!
A empresa, fundada em 1979, tem por princípio que seus produtos sejam livres de conservantes, aromas artificiais, açúcar branco e gorduras trans. E sempre que possível, orgânicos. Eles possuem temperos, chás, arroz, cookies, entre outras várias opções para quem quer uma rotina alimentar mais saudável.
Eu não trabalho para a Mãe Terra e nem ganho nada em indicá-los aqui no blog. Aliás, eu  nem sei como são os outros produtos da empresa em termos de preço e sabor, mas verdade seja dita: Os salgadinhos são bem gostosos e acho super válido deixar aqui a dica de algo bom tanto para o paladar quanto para a saúde. 
Provei o de milho e o de cebola, que não deixam nada a desejar aos encontrados nas marcas não naturais. Eles são orgânicos e nada de milho transgênico na composição!Só que o preço é meio alto e a quantidade pouca, infelizmente. O de milho, que comprei num restaurante vegano no centro do Rio, custou 4 reais. Já o de cebola foi 3 dinheiros na Mundo Verde. Ambos com apenas 45 gramas.
Acho que dois dos principais problemas dos produtos naturais/orgânicos são justamente estes: dificuldade de encontrar e alto custo. Isso dificulta muito para quem quer ter uma alimentação melhor, mas não possui muita grana para gastar. De qualquer forma, como salgadinho não é parte da alimentação básica e nem se come todo dia, acho que vale a pena comprar versões mais naturais sempre que possível. ;)


domingo, 1 de junho de 2014

(Filme) The Normal Heart!

Assisti totalmente por acaso à estreia de The Normal Heart ontem e fiquei encantada com esta produção da HBO, que trata do início da epidemia de AIDS. Ambientado no começo da década de 1980, o telefilme é uma produção com ares de cinema e elenco que vai de Mark Ruffalo a Julia Roberts, passando por Jim Parsons.

Adaptado de uma peça teatral homônima, o filme conta a história de Ned Weeks, interpetrado por Mark Ruffalo e alter ego do autor, que se junta à doutora Emma, uma Julia Roberts em papel bem diferente do que está acostumada a encarar, e alguns outros amigos e conhecidos para tentar conscientizar o governo da necessidade de se investir em pesquisas para buscar tratamentos para o vírus recém descoberto. Eles criam uma Ong, mas o temperamento explosivo de Weeks traz muitos conflitos e problemas.

Acho que o que mais me impressionou no filme foi ver como o fato de ser uma doença de "gays", uma vez que começou a aparecer nos círculos homossexuais masculinos, fez com que o governo desse pouca importância ao problema, varrendo a epidemia para debaixo do tapete e condenando uma geração inteira por puro preconceito. Somente ao perceber que a doença não escolhia gênero ou orientação sexual é que se passou a dar atenção a questão. 

Também fiquei chocada em ver como a doença era devastadora antes do desenvolvimento dos coquetéis de remédios que permitem aos atuais portadores de HIV ter uma vida praticamente normal. Com magreza excessiva e manchas pelo corpo, os infectados eram facilmente identificados nas ruas e sofriam com o preconceito causado pela desinformação sobre a doença (não se sabia direito as formas de contágio, por exemplo).

As imagens da evolução da aids em alguns personagens são impactantes, mas o que mais me chocou no filme foi a inércia das autoridades diante de um problema tão sério e a dor sentida pelos amigos, familiares e companheiros dos doentes, que eram obrigados a assistir seus entes queridos morrerem sem poder fazer nada e mesmo sem saber se seriam as próximas vítimas. O que ficou do filme para mim, no entanto, foi uma mensagem de amor. De como este sentimento é mais forte que os preconceitos e as dificuldades. E também a sensação que o preconceito pode destruir muitas vidas sem pegar em uma única arma, afinal a omissão também produz efeitos devastadores. 

*The Normal Heart está sendo exibido pela HBO, mas também é possível achar na internet.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Festival Varilux de Cinema Francês!

Este ano o Festival Varilux de Cinema Francês deste ano ocorreu entre 09 e 16 de abril, em 45 cidades brasileiras! Eu gostaria de ter conseguido assistir a vários dos 16 filmes em cartaz e escrever aqui antes do evento ter acabado, mas não foi possível por conta da correria do dia a dia. No final das contas consegui assistir a quatro produções (uma a mais que ano passado) e ainda fui na festa da abertura, então o saldo foi bastante positivo! Seguem minhas impressões:

A Festa: Eu ganhei dois ingressos para a festa de abertura do evento, que aconteceu na Sociedade Hípica Brasileira, por ter minha resposta escolhida na promoção da Tucuman Distribuidora de Filmes. É claro que eu fiquei super feliz com essa oportunidade, já que adoro o Festival Varilux, e foi bem legal poder participar desse momento. E ainda ganhamos brindes da Roger&Gallet no final do evento! =)

O Festival: O evento deste ano exibiu 16 produções francesas recentes e teve Isabelle Huppert como atriz convidada, além da presença de alguns diretores como Nicole Garcia e  Jalil Lespert. O diretor homenageado, que contou com uma retrospectiva de sua carreira, foi Jean-Pierre Jeunet. Aqui no Brasil ele é mais conhecido por ter dirigido O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Os filmes que eu consegui assistir foram: O amor é um crime perfeito, Um plano perfeito, Uma relação delicada e Yves Saint Laurent. Gostaria de ter assistido também O passado; Uma juíza sem juízo; Eu, mamãe e os meninos e Um belo Domingo, mas não foi possível. Agora é torcer para que eles entrem em cartaz ou cheguem nas locadoras (sim, eu ainda alugo filmes! rs).

Os Filmes:

O amor é um crime perfeito - A sinopse deste filme diz basicamente que o protagonista é Marc, um professor de literatura na universidade de Lausana que tem fama de colecionar aventuras amorosas com suas alunas. Alguns dias após o desaparecimento de uma delas ele encontra Anna que tenta saber mais sobre sua enteada desaparecida. A história, no entanto, é bem mais do que uma simples busca por alguém que sumiu e traz pitadas de loucura e mentiras, além de uma reviravolta surpreendente no final. Tudo isso num cenário belo e desolador, cercado de neve, curvas de uma montanha e paredes de vidro. Eu achei o filme interessante, mas o começo meio devagar. Ele ganhou ritmo mais para o meio e o final é diferente do que eu esperava e gostei disso. Os personagens não me causaram empatia, mas isso não me incomodou porque acho que essa não era mesmo a intenção de quem criou a história. A única coisa que me incomodou bastante foi a relação do protagonista com a irmã, que tinha uma coisa doentia e incestuosa, mas devo admitir que fez sentido no contexto da trama. E pelo menos ela nunca é tratada de maneira naturalizada, ficando bem claro que essa relação é disfuncional e inadequada. O filme também contém muitas cenas de nudez, o que pode suscitar incômodo em algumas pessoas, mas, de maneira geral, eu recomendaria para quem gosta de tramas de suspense.

Um plano perfeito - Comédia com Diane Kruger este filme conta a história de Isabelle, que vem de uma família na qual todos os primeiros casamentos terminam, seja por divórcio ou viuvez. Para evitar o que acredita ser uma maldição familiar esta dentista muito enrolada bola um plano para se casar com o homem que ama: encontrar um tolo, se casar com ele e se divorciar. A vítima acaba sendo Jean-Yves Berthier, redator de um guia de viagem que ela vai acompanhar do Kilimanjaro a Moscou. É um filme leve, que passeia por belos cenários e não tem pudor em criar situações de riso fácil. A protagonista é um pouco irritante e faz a gente ficar com pena de Jean-Yeves, que é bonzinho até demais com ela. Mas no final tudo acaba bem como manda a boa e velha fórmula das comédias românticas. Uma boa opção para aqueles dias em que tudo que se quer é um filme divertido para relaxar.

Uma relação delicada - Tentei assistir a este filme no Festival do Rio do ano passado, mas fiquei presa no trânsito e perdi a sessão. Quando vi que ele estaria em cartaz no Varilux achei que era uma boa oportunidade de conferir a trama que conta a história de Maud, uma cineasta que após ter uma hemorragia cerebral fica com um lado do corpo sem movimentos. Fragilizada física e emocionalmente, ela acaba uma presa fácil para o golpista Vilko. A protagonista deste filme é Isabelle Huppert e é necessário dizer que ela está ótima em cena e que o trabalho corporal que ela desenvolveu para deixar a hemiplegia de sua personagem crível foi muito bom. Achei a história relevante e bem contada, mas acho que faltou um pouco de ritmo para evitar que o filme ficasse monótono em algumas partes. A situação pela qual Maud passa pode parecer, a princípio pouco crível, afinal ela era uma mulher independente e esperta que não teria motiva cair na lábia de um vigarista, mas a verdade é que esse tipo de coisa acontece o tempo todo e mesmo com pessoas que aparentemente não seriam as típicas vítimas desse tipo de golpe. Acho que vale pela reflexão.

Yves Saint Laurent - Cinebiografia do famoso estilista Yves Saint Laurent, o filme começa em 1957 quando com apenas 21 anos ele assume o comando da grife Dior, após o falecimento de seu fundador. A trama foca na relação do estilista com Pierre Bergé e na influência que o empresário teve em sua vida. Escolhi este filme para assistir porque o universo da moda me interessa e porque já tinha assistido a um documentário sobre o leilão que Bergé organizou, após a morte de Yves Saint Laurent, para vender a coleção de obras de arte que ele juntou ao longo da vida com seu companheiro e ficado interessada na história de amor dos dois. Gostei do filme, mas principalmente da primeira parte, onde podemos acompanhar o início da trajetória de Saint Laurent. Na segunda parte, que mostra o estilista já famoso, eu achei que acabou a trama acabou caindo no cliché sexo e drogas (só faltou o rock and roll!rs). Imagino que ele tenha mesmo levado essa vida desregrada, mas do jeito que o filme mostra parece que fez só isso, sabe? Fiquei imaginando como ele conseguia tempo para desenhar as coleções e cuidar da grife se estava o tempo todo fora do ar... Acredito que o filme poderia ter sido mais interessante se mostrasse também outros aspectos da vida dele. De toda forma achei válido para conhecer um pouco mais da história deste importante estilista. E ninguém vai poder acusar de ter sido feita uma biografia chapa branca.

Infelizmente o Festival Varilux de Cinema Francês deste ano já acabou, mas vários de seus filmes estão com previsão de estreia em circuito comercial, então a boa é ficar de olho! Para quem estiver com tempo livre, ainda é possível conferir hoje e amanhã ( 19 e 20 de abril) alguns filmes da mostra no Instituto Moreira Salles, localizado na Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea. Vale a pena correr para conferir! ;)

domingo, 13 de abril de 2014

Ron Mueck no MAM!

O Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro recebe até o dia 01 de junho a exposição Ron Mueck. São nove obras do escultor australiano que retratam corpos de maneira bastante realista, seja em escala reduzida ou ampliada. As esculturas são muito interessantes e mostram, em sua maioria, pessoas comuns retratadas em um momento cotidiano. O mais impressionante é a riqueza dos detalhes. É possível ver dobras, rugas, expressões, pelos, tudo utilizado de maneira a dar a sensação de que estamos diante de pessoas de verdade e não de representações.

As obras que mais me impressionaram por sua capacidade de passar uma emoção através das expressões faciais e corporais dos personagens foram a do  casal de namorados discutindo (fiquei com raiva do cara estar segurando o braço da menina com força!), da mãe com o bebê e as sacolas de compras (que parecia tão infeliz e cansada!) e a do casal de senhores na praia (achei eles tão simpáticos!). Eu consegui me pegar pensando no que aquelas pessoas estariam sentindo naquele instante em que foram retratadas, mesmo sabendo que era apenas uma representação da imaginação do artista. A única obra que eu acho que ficou deslocada do contexto da mostra foi a galinha degolada, uma vez que todas as outras obras focavam em seres humanos. E é claro que eu fiquei com pena da pobre galinha! rs

Por conta da forte divulgação que vêm sofrendo na imprensa e por ser uma mostra com potencial de agradar a vários públicos a exposição tem recebido muitos visitantes, então para quem quiser conferir é bom se programar! Eu fui num domingo e demorei cerca de uma hora na fila para conseguir comprar os ingressos e entrar, porém ao chegar lá descobri que era possível ter comprado com antecedência pela internet! Essa informação, que infelizmente está sendo pouco divulgada, é bem útil porque comprando antes é permitido entrar direto e se ganha muito tempo. 

O MAM funciona de terça à domingo e a entrada custa 14 dinheiros a inteira e 07 a meia. Aos domingos é possível comprar o ingresso família, que dá direito a cinco entradas pelo preço de uma. Nas quartas feiras, a partir das 15 horas, a entrada é gratuita. A exposição de Ron Mueck é bem legal e vale a pena, mas também recomendo que uma vez dentro do MAM o visitante se aventure pelas demais exposições do local porque tem muita coisa boa por lá! =)

 
Ps.: As fotos desta postagem foram tiradas com meu celular. O MAM permite que se fotografe esta mostra, mas sem flash. As demais exposições não podem ser fotografadas.

domingo, 23 de março de 2014

Gramado-RS!

Neste carnaval eu e namorado resolvemos fugir da badalação carioca dos blocos de rua e ir conhecer Gramado, localizada no Rio Grande do Sul. Como é uma cidade sem tradição carnavalesca e cuja alta temporada é no inverno, os preços para este período estavam bem atrativos. Fiquei até com receio de chegar lá e estar tudo meio "morto", mas que nada! A cidade estava toda funcionando e tinha bastante gente (certamente menos que no inverno, mas o suficiente para criar filas em algumas atrações mais famosas). Seguem algumas dicas para quem também quiser conhecer esta cidade que é uma graça! =)

Quando ir?

A alta temporada é nos meses de junho e julho por conta do inverno, mas também fica bem cheio em dezembro por conta do Natal Luz e em abril em virtude da Chocofest. Imagino que nestas épocas a cidade deva ficar ainda mais encantadora, mas os preços vão para o céu. Então se quiser economizar a boa é ir fora destas datas.

Como ir?

Dá para ir de carro e de ônibus, mas é bem mais rápido pegar avião. Um voo direto RJ- PoA demora cerca de duas horas e dez minutos. De Porto Alegre para Gramado são mais umas duas horas de carro.

Onde ficar?

Desta vez nós fomos por pacote através da Clube Turismo - FMC, então o hotel não foi escolhido pela gente. Ficamos na Pousada Aconchego da Serra, que fica mais para os lados de Canela. Ela é bem perto do Museu de Cera e da fábrica de chocolates Planalto. Eu gostei bastante da pousada. Achei o quarto confortável, espaçoso, limpo e o café da manhã era variado. Os atendentes eram bastante gentis. Só não gostei da conexão com a internet não pegar direito no quarto, mas acho que isso é uma espécie de "carma" que eu tenho porque nunca consigo wi-fi bom nos hotéis que fico!

Onde ir?

Gramado e Canela possuem MIL opções de coisas para se fazer! As que eu achei mais divertidas foram o Museu da Moda (meu passeio favorito! *-*), o Mundo a Vapor e o Museu de Carros Antigos. Também foi bem legal visitar as lojas de chocolate, a Fábrica de Cristais ( onde eles fazem uma exibição bem legal para que a gente veja como são produzidos os vasos de vidro) e passear pelo Lago Negro. Para quem gosta de aventura, o Parque do Caracol também é uma boa opção. Eu não tive coragem de encarar as centenas de degraus que levam até a cascata do parque, mas para quem tem mais disposição é um belo desafio! 
No quesito bom, bonito e barato eu recomendo uma visita ao Le Jardin, que é um parque de lavandas com entrada franca. O local é lindo e tem uma lojinha com produtos feitos de lavanda que é uma tentação! Também são de visitação gratuita a Igreja São Pedro, em Gramado, e a Catedral de Pedra, em Canela. Um programa baratinho e legal é a Casa do Colono, que fica no centro de Gramado e traz objetos antigos recolhidos com familiares de imigrantes. A própria casa pertenceu a uma destas famílias e foi trazida pela prefeitura de uma área rural e remontada numa praça.
Duas atrações que me decepcionaram um pouco foram o Mini Mundo porque eu achei que teriam miniaturas do mundo todo, mas na verdade o foco é Alemanha (a família que criou a atração veio de lá, o que explica o foco, mas não consegui perdoar não terem pelo menos a Torre Eiffel...rs) e O Museu de Cera porque os funcionários ficam querendo te empurrar fotos por 15 pilas cada! Achei chata a insistência. Uma foto que eu acho que vale a pena tirar é a com visual antigo porque é divertido se ver com um visual anos 1930! Existem vários locais em Gramado que oferecem este serviço. =)

Onde comer?

Gramado conta com muitas opções de restaurantes. Acho que um que não pode faltar numa viagem para lá é a pizzaria Cara de Mau que tem temática de piratas. O ambiente é muito legal e os garçons, devidamente caracterizados, são super simpáticos. Até o banheiro é customizado!
Também recomendo o restaurante Carlitos, onde é possível comer uma gostosa sequência de fondue por menos de 40 dinheiros. Se a ideia é desfrutar um café colonial existem várias opções, de diversos preços, mas o que nos recomendaram (e eu acho que é um dos principais da cidade) foi o Bela Vista. Ele não é baratinho, mas é muito bem servido e o ambiente é bem agradável.
Para lanches eu gostei do Skillo Lanches (em Canela) que serve sanduíches enormes e gostosos por um preço ok e o Pasteleiro que tem vários pastéis bem gostosos e uma sopa de frango no pão que eu achei uma delícia. O fato da decoração do local ser com temática de cinema e os pasteis terem nomes de filmes faz a lanchonete ficar ainda mais legal.

O que comprar?

Chocolates e peças de couro! Existem muitas lojas e fábricas de chocolate em Gramado e Canela e existem desde as opções mais simples e baratas até as mais sofisticadas e caras. Dentre as marcas que eu provei, as que eu mais gostei foram a Planalto e a Florybal. Já no quesito peças de couro, eu acabei comprando uma jaqueta vermelha linda numa loja chamada Kika Couros, em Canela. A loja é de fábrica e eu achei o preço bom. Mas não vá esperando comprar uma jaqueta por menos de 200/ 250 reais, a menos que seja de material sintético. A boa é pesquisar nas lojas menores e que possuem fabricação própria.  Também vale a pena comprar vinho e suco de uva, ambos deliciosos, e queijos.

Outras dicas:

Praticamente todas as atrações de Gramado são pagas e a maioria não respeita a meia entrada, então é preciso separar uma reserva para gastar nisso. A boa é levar em dinheiro porque alguns lugares não aceitam cartão. Se a intenção for visitar os museus do grupo Dreamland, a boa é comprar o passaporte que dá direito a visitar as quatro atrações que estão sob a responsabilidade deles porque fica mais barato do que comprar separado. A gente fez isso e ainda ganhou ingressos para o Museu de Pedras Preciosas que não estava no nosso roteiro, mas que foi legal de ser visitado. 

 Algumas fotos:










quarta-feira, 5 de março de 2014

Museu Nacional!

O Museu Nacional (originalmente chamado de Museu Real) é a mais antiga instituição científica do Brasil e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina. Ele foi criado em 1818 por D. João VI e se localizava no Campo de Sant´Anna, porém atualmente tem sede na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, e pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A instituição funciona de terça a domingo das 10h às 16h e o ingresso custa 6 dinheiros a inteira, porém como o local está em reforma estão praticando um preço promocional de 3 reais. Há ainda uma tabela com gratuidades e preços ainda mais reduzidos, que pode ser conferida no site do museu. É, portanto, uma boa opção de programa baratinho de final de semana.

Para quem gosta de história natural e curte olhar fósseis, esqueletos e animais empalhados este é o local ideal porque existem centenas de peças deste tipo. Tem até dinossauros! Já para aqueles que preferem antropologia também é um museu com boas opções porque há uma ala toda dedicada ao Egito Antigo, com múmias e diversos objetos da época. Também existem múmias de outros períodos e regiões espalhados pelas salas do museu, além de artefatos de povos antigos.

Eu já havia ido a este museu quando criança, mas admito que só me lembrava de que haviam múmias (eu sempre curti história do Egito Antigo!) e esqueletos de dinossauros (que criança não curte, não é mesmo?). Ao voltar ao Museu Nacional pude perceber que só lembrava destes elementos porque são os que realmente me interessam e me chamam atenção dentre as peças expostas ali. Pra ser bem sincera ver borboletas mortas e bichos empalhados não faz muito meu tipo...Mas acho que a experiência de voltar lá foi válida sim. É bom sair da zona de conforto de vez em quanto e fazer programas diferentes.

Vale lembrar que a Quinta da Boa Vista é um parque bem bonito, onde é possível fazer piquenique, jogar bola, caminhar...Também é na Quinta que fica localizado o zoológico do Rio de Janeiro, que conta com mais de dois mil animais e cuja entrada custa o mesmo preço que a do museu. Eu gostaria de ter aproveitado para passear pelo parque e visitar o zoológico, mas no dia que fui (começo de fevereiro) estava TÃO QUENTE que foi impossível esticar o passeio. Ah, é importante frisar que o próprio Museu Nacional não possui ar condicionado (absurdo total!), então se não for do tipo que gosta de derreter, deixe para visitar num dia mais fresco. Acho que a experiência fica bem mais legal se for possível aproveitar tudo que a Quinta da Boa Vista oferece! ;)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Jardim Botânico - RJ!

Em tempos de preços $urreais na cidade do Rio de Janeiro, um passeio bom, bonito e barato para se fazer num dia de folga é ir visitar o Jardim Botânico! A entrada custa apenas 06 dinheiros, sendo que crianças de até 07 anos e adultos a partir de 60 anos possuem gratuidade. Para quem quiser ir de carro (o que eu desaconselho porque sempre tem filas enormes para conseguir entrar) o custo é de 07 reais (motos pagam 05). Já a entrada no Museu do Meio Ambiente, que fica na entrada do parque, é grátis para todos os visitantes.

O espaço não permite piqueniques (para esse tipo de programa fica a dica do Parque Lage, localizado ali perto), mas possui cantinas para se bater uma fominha durante o passeio que inclui caminhar pelas famosas alamedas de palmeiras, passar ao redor do lago, apreciar o chafariz, entrar no orquidário e na Casa dos Pilões, observar a linda vegetação...Enfim, aproveitar para sair um pouco do clima cinza e poluído da cidade e desfrutar um espaço cheio de natureza. O local também rende belas fotos e é muito usado em álbuns de aniversário de 15 anos e casamento.

Para quem curte programas culturais, o Museu do Meio Ambiente costuma ter opções legais.  Foi neste centro cultural que esteve a mostra Gênesis, do fotógrafo Sebastião Salgado que eu fui conferir e amei. Atualmente o espaço está fechado para obras, mas quando reabrir fica a dica de visitá-lo. É possível ir nele sem precisar entrar no espaço pago do parque.

Os turistas podem ainda comprar lembrancinhas numa loja mantida pela Associação de Amigos do Jardim Botânico, que vende de camisetas a livros com temática do parque e de natureza. Os preços não são baixos, mas também não chegam a ser absurdos se comparados a outros pontos turísticos da cidade.

Aliás, essa é uma característica muito legal deste espaço. Ele é um ponto muito visitado por turistas, mas também é um local onde o carioca vai no seu dia a dia. Ao contrário de locais como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, cuja administração cobra caro pela entrada e cujo foco é todo no visitante de fora do Rio, o Jardim Botânico tem um clima familiar aos cariocas. É como um grande quintal de casa, onde qualquer um pode se sentir à vontade para passar uma agradável tarde de domingo. Vale muito a pena uma visita! ;)

Algumas fotos:




quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Búzios - RJ!

Búzios, oficialmente Armação dos Búzios, é um município da Região dos Lagos do Rio de Janeiro com lindas praias e uma agitada vida noturna. O balneário ficou conhecido internacionalmente como ponto turístico graças à atriz francesa Brigitte Bardot que visitou a região na década de 1960 e trouxe visibilidade para o local. Como boa carioca eu resolvi passar uns dias na região e trouxe dicas que acho que podem ser úteis. Búzios é uma graça, com praias de águas calmas e um centro turístico bastante agradável. Vale a pena uma visita!

Onde Ficar?

Como resolvemos ir para Búzios em cima da hora, arrumar um local para ficar demandou uma série de ligações para pousadas até encontrar uma que se encaixasse no perfil que queríamos (não muito cara, mas também sem jeito de albergue). Acabamos ficando na Pousada Villa Bella, na Praia da Ferradura. Localizada a uns 5 minutos da praia, esta pousada tem um clima super familiar e fomos bem atendidos. O quarto tem um bom tamanho e é arejado. Gostei bastante da piscina. O café da manhã eu achei simples, mas aceitável. A única coisa que eu realmente não gostei foi que o chuveiro elétrico ficava desarmando. Apesar do calorão eu sou o tipo de pessoa que sempre prefere tomar banho quente, então fiquei chateada com isso, mas não sei se é um problema em todos os quartos ou se dei azar. A pousada possui ar condicionado, internet e serviço de quarto (que eu não usei) para lanches.

Onde Comer?

Lugar para comer é o que não falta em Búzios, mas prepare o bolso! Um coco à beira mar pode sair por uns 06 reais e um almoço para dois num quiosque da praia por uns 70 dinheiros. Os locais nos quais eu mais gostei de comer foram os localizados na área da Rua das Pedras (achei a comida de um quiosque da Praia da Ferradura bem mais ou menos). Recomendo o Mineiro Grill e a Trattoria Primitivo, que apesar de não serem baratos possuem um preço aceitável e pratos bastante gostosos. Para a sobremesa eu gostei bastante da sorveteria artesanal Finlandês. Se a intenção for fazer um lanche fica a dica do quiosque O Pão com Linguiça, que tem um preço legal e um sanduíche de pão com linguiça que vale a pena (eu pedi um hambúrguer e me arrependi da minha escolha quando provei a especialidade da casa porque era bem mais gostoso). Também existem as opções clássicas do tipo Mc Donald´s e Subway, mas eu particularmente acho mais legal optar por conhecer lugares diferentes.

Onde comprar?

A Rua das Pedras é um shopping à céu aberto onde se encontram marcas que vão da Farm a Taco, passando por Havaianas, Lacoste e lojas de produtos eletrônicos. Também existem várias lojas com roupas e acessórios de praia, além de lembranças como canecas e chaveiros. Existe no centro da cidade uma praça com uma feirinha, onde é possível comprar artesanatos. Eu não estava focada em fazer compras, então não cheguei a reparar muito nos preços.

Onde ir?

A resposta mais óbvia é: PRAIA! Búzios possui mais de uma dezena delas, então alguma há de agradar! Eu gosto bastante de João Fernandinho, que é uma praia bem pequena então na alta temporada fica lotada muito fácil. Mas vale a pena porque a água é super calma e não é cheia de algas ou pedras no chão. A Praia da Ferradura também é bem legal e bonita. Geribá é movimentada demais, então eu nem fui para lá desta vez. A Praia da Tartaruga tem um visual bem legal e é mais rústica, mas os corais e pedras no fundo me irritam um pouco porque eu fico com medo de machucar o pé. A praia que fica no centro é Armação e eu vi várias pessoas tomando banho nela, mas eu não cheguei a entrar na água lá.
Outra opção é fazer passeios de escuna. Nós optamos pela empresa Interbúzios, mas foi super no chute mesmo porque não chegamos a pesquisar. Pegamos a embarcação que saía às 14:30 e foi bem legal. O barco passou por 12 praias e fez três paradas para mergulho, demorando umas duas horas e meia no total. No preço estava incluído água e refrigerantes, mas também havia serviço de venda de bebidas e aperitivos.Eu achei que valeu muito a pena fazer este passeio para ter uma visão geral do local. Eles também oferecem excursões para cidades próximas como Arraial do Cabo, Barra de Sana e Cabo Frio.
Búzios também oferece opções menos praianas como boliche, circuito de aventura, corrida de kart e boates, entre outros. Passei no Cine Bardot e fiquei cheia de vontade de conferir alguma produção que estivesse em cartaz porque eu adorei o clima do lugar, mas como só ficamos três dias acabamos optando por programas mais clichês mesmo. Pelo menos eu consegui tirar uma foto com a estátua do Woody Allen que fica no café do cine! =)

Enfim, para quem quer curtir um feriadão, ou mesmo um final de semana, numa região de praias bonitas fica a dica de se aventurar por Búzios. Só não esqueça de levar o protetor solar e beber bastante água! ;)

Algumas fotos: