sexta-feira, 18 de abril de 2014

Festival Varilux de Cinema Francês!

Este ano o Festival Varilux de Cinema Francês deste ano ocorreu entre 09 e 16 de abril, em 45 cidades brasileiras! Eu gostaria de ter conseguido assistir a vários dos 16 filmes em cartaz e escrever aqui antes do evento ter acabado, mas não foi possível por conta da correria do dia a dia. No final das contas consegui assistir a quatro produções (uma a mais que ano passado) e ainda fui na festa da abertura, então o saldo foi bastante positivo! Seguem minhas impressões:

A Festa: Eu ganhei dois ingressos para a festa de abertura do evento, que aconteceu na Sociedade Hípica Brasileira, por ter minha resposta escolhida na promoção da Tucuman Distribuidora de Filmes. É claro que eu fiquei super feliz com essa oportunidade, já que adoro o Festival Varilux, e foi bem legal poder participar desse momento. E ainda ganhamos brindes da Roger&Gallet no final do evento! =)

O Festival: O evento deste ano exibiu 16 produções francesas recentes e teve Isabelle Huppert como atriz convidada, além da presença de alguns diretores como Nicole Garcia e  Jalil Lespert. O diretor homenageado, que contou com uma retrospectiva de sua carreira, foi Jean-Pierre Jeunet. Aqui no Brasil ele é mais conhecido por ter dirigido O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Os filmes que eu consegui assistir foram: O amor é um crime perfeito, Um plano perfeito, Uma relação delicada e Yves Saint Laurent. Gostaria de ter assistido também O passado; Uma juíza sem juízo; Eu, mamãe e os meninos e Um belo Domingo, mas não foi possível. Agora é torcer para que eles entrem em cartaz ou cheguem nas locadoras (sim, eu ainda alugo filmes! rs).

Os Filmes:

O amor é um crime perfeito - A sinopse deste filme diz basicamente que o protagonista é Marc, um professor de literatura na universidade de Lausana que tem fama de colecionar aventuras amorosas com suas alunas. Alguns dias após o desaparecimento de uma delas ele encontra Anna que tenta saber mais sobre sua enteada desaparecida. A história, no entanto, é bem mais do que uma simples busca por alguém que sumiu e traz pitadas de loucura e mentiras, além de uma reviravolta surpreendente no final. Tudo isso num cenário belo e desolador, cercado de neve, curvas de uma montanha e paredes de vidro. Eu achei o filme interessante, mas o começo meio devagar. Ele ganhou ritmo mais para o meio e o final é diferente do que eu esperava e gostei disso. Os personagens não me causaram empatia, mas isso não me incomodou porque acho que essa não era mesmo a intenção de quem criou a história. A única coisa que me incomodou bastante foi a relação do protagonista com a irmã, que tinha uma coisa doentia e incestuosa, mas devo admitir que fez sentido no contexto da trama. E pelo menos ela nunca é tratada de maneira naturalizada, ficando bem claro que essa relação é disfuncional e inadequada. O filme também contém muitas cenas de nudez, o que pode suscitar incômodo em algumas pessoas, mas, de maneira geral, eu recomendaria para quem gosta de tramas de suspense.

Um plano perfeito - Comédia com Diane Kruger este filme conta a história de Isabelle, que vem de uma família na qual todos os primeiros casamentos terminam, seja por divórcio ou viuvez. Para evitar o que acredita ser uma maldição familiar esta dentista muito enrolada bola um plano para se casar com o homem que ama: encontrar um tolo, se casar com ele e se divorciar. A vítima acaba sendo Jean-Yves Berthier, redator de um guia de viagem que ela vai acompanhar do Kilimanjaro a Moscou. É um filme leve, que passeia por belos cenários e não tem pudor em criar situações de riso fácil. A protagonista é um pouco irritante e faz a gente ficar com pena de Jean-Yeves, que é bonzinho até demais com ela. Mas no final tudo acaba bem como manda a boa e velha fórmula das comédias românticas. Uma boa opção para aqueles dias em que tudo que se quer é um filme divertido para relaxar.

Uma relação delicada - Tentei assistir a este filme no Festival do Rio do ano passado, mas fiquei presa no trânsito e perdi a sessão. Quando vi que ele estaria em cartaz no Varilux achei que era uma boa oportunidade de conferir a trama que conta a história de Maud, uma cineasta que após ter uma hemorragia cerebral fica com um lado do corpo sem movimentos. Fragilizada física e emocionalmente, ela acaba uma presa fácil para o golpista Vilko. A protagonista deste filme é Isabelle Huppert e é necessário dizer que ela está ótima em cena e que o trabalho corporal que ela desenvolveu para deixar a hemiplegia de sua personagem crível foi muito bom. Achei a história relevante e bem contada, mas acho que faltou um pouco de ritmo para evitar que o filme ficasse monótono em algumas partes. A situação pela qual Maud passa pode parecer, a princípio pouco crível, afinal ela era uma mulher independente e esperta que não teria motiva cair na lábia de um vigarista, mas a verdade é que esse tipo de coisa acontece o tempo todo e mesmo com pessoas que aparentemente não seriam as típicas vítimas desse tipo de golpe. Acho que vale pela reflexão.

Yves Saint Laurent - Cinebiografia do famoso estilista Yves Saint Laurent, o filme começa em 1957 quando com apenas 21 anos ele assume o comando da grife Dior, após o falecimento de seu fundador. A trama foca na relação do estilista com Pierre Bergé e na influência que o empresário teve em sua vida. Escolhi este filme para assistir porque o universo da moda me interessa e porque já tinha assistido a um documentário sobre o leilão que Bergé organizou, após a morte de Yves Saint Laurent, para vender a coleção de obras de arte que ele juntou ao longo da vida com seu companheiro e ficado interessada na história de amor dos dois. Gostei do filme, mas principalmente da primeira parte, onde podemos acompanhar o início da trajetória de Saint Laurent. Na segunda parte, que mostra o estilista já famoso, eu achei que acabou a trama acabou caindo no cliché sexo e drogas (só faltou o rock and roll!rs). Imagino que ele tenha mesmo levado essa vida desregrada, mas do jeito que o filme mostra parece que fez só isso, sabe? Fiquei imaginando como ele conseguia tempo para desenhar as coleções e cuidar da grife se estava o tempo todo fora do ar... Acredito que o filme poderia ter sido mais interessante se mostrasse também outros aspectos da vida dele. De toda forma achei válido para conhecer um pouco mais da história deste importante estilista. E ninguém vai poder acusar de ter sido feita uma biografia chapa branca.

Infelizmente o Festival Varilux de Cinema Francês deste ano já acabou, mas vários de seus filmes estão com previsão de estreia em circuito comercial, então a boa é ficar de olho! Para quem estiver com tempo livre, ainda é possível conferir hoje e amanhã ( 19 e 20 de abril) alguns filmes da mostra no Instituto Moreira Salles, localizado na Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea. Vale a pena correr para conferir! ;)

domingo, 13 de abril de 2014

Ron Mueck no MAM!

O Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro recebe até o dia 01 de junho a exposição Ron Mueck. São nove obras do escultor australiano que retratam corpos de maneira bastante realista, seja em escala reduzida ou ampliada. As esculturas são muito interessantes e mostram, em sua maioria, pessoas comuns retratadas em um momento cotidiano. O mais impressionante é a riqueza dos detalhes. É possível ver dobras, rugas, expressões, pelos, tudo utilizado de maneira a dar a sensação de que estamos diante de pessoas de verdade e não de representações.

As obras que mais me impressionaram por sua capacidade de passar uma emoção através das expressões faciais e corporais dos personagens foram a do  casal de namorados discutindo (fiquei com raiva do cara estar segurando o braço da menina com força!), da mãe com o bebê e as sacolas de compras (que parecia tão infeliz e cansada!) e a do casal de senhores na praia (achei eles tão simpáticos!). Eu consegui me pegar pensando no que aquelas pessoas estariam sentindo naquele instante em que foram retratadas, mesmo sabendo que era apenas uma representação da imaginação do artista. A única obra que eu acho que ficou deslocada do contexto da mostra foi a galinha degolada, uma vez que todas as outras obras focavam em seres humanos. E é claro que eu fiquei com pena da pobre galinha! rs

Por conta da forte divulgação que vêm sofrendo na imprensa e por ser uma mostra com potencial de agradar a vários públicos a exposição tem recebido muitos visitantes, então para quem quiser conferir é bom se programar! Eu fui num domingo e demorei cerca de uma hora na fila para conseguir comprar os ingressos e entrar, porém ao chegar lá descobri que era possível ter comprado com antecedência pela internet! Essa informação, que infelizmente está sendo pouco divulgada, é bem útil porque comprando antes é permitido entrar direto e se ganha muito tempo. 

O MAM funciona de terça à domingo e a entrada custa 14 dinheiros a inteira e 07 a meia. Aos domingos é possível comprar o ingresso família, que dá direito a cinco entradas pelo preço de uma. Nas quartas feiras, a partir das 15 horas, a entrada é gratuita. A exposição de Ron Mueck é bem legal e vale a pena, mas também recomendo que uma vez dentro do MAM o visitante se aventure pelas demais exposições do local porque tem muita coisa boa por lá! =)

 
Ps.: As fotos desta postagem foram tiradas com meu celular. O MAM permite que se fotografe esta mostra, mas sem flash. As demais exposições não podem ser fotografadas.