sábado, 7 de dezembro de 2013

Leitura de engarrafamento!

Eu moro longe do trabalho, então gasto (literalmente) horas do meu dia em engarrafamentos super chatos. O trânsito do Rio de Janeiro anda cada dia pior! Para tentar amenizar a irritação costumo levar algum livro na bolsa para ler durante o trajeto. Resolvi, então, falar um pouco sobre algumas obras que li recentemente para, quem sabe, servir de dica para quem também está procurando leituras para ajudar a encarar o engarramento nosso de cada dia! ;)

Marilyn - De autoria do escritor jornalista e duas vezes vencedor do Prêmio Pulitzer Norman Mailer este livro é uma biografia da atriz Marilyn Monroe. Eu gosto bastante deste gênero literário e sabia bem pouco sobre a trajetória da Marilyn, então aproveitei uma promoção e comprei este livro. Devo admitir, no entanto, que eu não achei o livro excelente não. Foi bem legal saber mais sobre a vida da Marilyn, que era uma pessoa bastante interessante e muito problemática, mas eu não curti o tom que o autor usou para falar dela, sabe? Em alguns momentos achei muito crítico e até com pitadas de machismo. Definitivamente não pode ser acusado de ser  uma biografia chapa branca. Acredito que só vale a pena para quem gosta de biografias e já tem interesse pela Marilyn porque não é o tipo de livro que cativa o leitor não. 



O Castelo de Papel -Esse eu ganhei do papai! Escrito pela historiadora Mary del Priore é uma biografia (eu disse que gostava desse tipo de literatura! rs) do casal imperial formado pela Princesa Isabel e o Conde D´Eu. Eu demorei um tempo para começar a ler este livro porque já tinha começado outro da autora (Histórias Íntimas. Sexualidade e Erotismo na História do Brasil ) e nem cheguei a terminar por ter achado chatinho. Mas resolvi dar uma chance para este e gostei muito. Foi muito interessante conhecer mais sobre esta personagem histórica cujo trajetória eu sabia muito pouco além do básico "filha do Imperador D. Pedro II, assinou a Lei Áurea" que aprendi na escola. O que eu mais gostei, no entanto, não foi da parte ligada ao fato de ela ser uma princesa, mas sim que ela e o marido, apesar de terem casado por arranjo entre as famílias, se apaixonaram um pelo outro e foram felizes. Sou uma romântica! Acho que este livro tem mais chances de interessar a um número maior de pessoas, até por ser tratar de personagens da história nacional. E tem fotos!



Hilda Furacão - Peguei emprestado com um amigo (oi, Lucas!) e levei séculos para começar a ler porque acabei passando outros livros na frente, mas quando comecei terminei bem rápido porque a leitura flui bem. A trama, escrita pelo jornalista Roberto Drummond, é uma ficção com toques de realidade que narra a história de uma garota da sociedade que um dia troca a piscina do clube Minas Tênis pelo quarto 304 do Maravilhoso Hotel, na zona boêmia da cidade, na década de 1960. Transformada em Hilda Furacão a jovem se torna a mais famosa prostituta da cidade e causa uma verdadeira confusão entre conservadores e liberais. A história é narrada do ponto de vista de Roberto (que de autor passa a personagem), um jovem jornalista metido com comunismo, e traz também em destaque os personagens Malthus, que queria ser santo, mas se apaixona por Hilda, e Aramel, o Belo, que sonhava ser ator em Hollywood, amigos de infância do protagonista. O ápice ocorre no dia 01 de abril de 1964, um dia após o Golpe Militar, o que tem relevância para a trama. Eu achei o livro bem gostoso de ler, apesar de não ter gostado muito do final. Recomendo como leitura descompromissada.Para quem quiser conferir a adaptação para a TV de Hilda Furacão (1998) com a dyva Ana Paula Arósio como protagonista, o Viva está passando a reprise todos os dias às 23 horas. A trama é, no geral, bem fiel ao livro e a trilha sonora vale muito a pena!



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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Loja Elementari!


Quem é fã de cosméticos naturais/orgânicos sabe o quanto é difícil achar uma loja física que venda este tipo de produto. Por não ter um público muito grande, a maioria dos vendedores preferem atender virtualmente para diminuir custos e alcançar um maior número de consumidores. O ruim deste tipo de venda é que nós clientes acabamos tendo que arcar com os custos de frete (detesto!!!) e ainda esperar dias e dias para receber as encomendas. O lado bom é que pelo menos temos acesso aos produtos!


Mas por mais que seja prático comprar pela internet é sempre bom ter lojas físicas por perto, afinal nada melhor que poder pegar o produto na mão, sentir textura, cheiro...Sendo assim fiquei muito animada em saber que abriu uma nova lojinha de cosméticos naturais/orgânicos aqui no Rio de Janeiro. Localizada no centro da cidade, a Elementari vende produtos da Cativa, Reserva Fólio e Herbia, entre outras marcas. Os preços são um pouco mais caros do que os cobrados nos sites, mas se pensarmos no frete e na demora para receber acho que o custo empata. É possível pagar em dinheiro, cartão de crédito e débito e conversando com a dona, a Myrian, dá para fazer encomenda de produtos que não estejam no estoque da lojinha.

A Elementari fica no stand 34 da sobreloja do Terminal Garagem Menezes Côrtes, na Rua São José, 35. Eu esqueci de perguntar o horário de funcionamento, mas acredito que passando lá em horário comercial estará aberta. Mesmo para quem não tem o hábito de usar produtos naturais/orgânicos eu acho que vale a pena dar uma passada lá para conhecer o espaço e bater um papo com a dona. Os preços são um pouco mais caros do que os de produtos vendidos em farmácias e supermercados, mas vale a pena porque são livres de substâncias tóxicas para a saúde como parabenos, não são testados em animais e são oriundos de  fornecedores com práticas ambientais sustentáveis.




terça-feira, 24 de setembro de 2013

(Série) Bates Motel!

Inspirada no clássico filme Psicose, a série Bates Motel se propõe a contar a vida de Norman Bates antes de ele se tornar um  psicopata assassino. Focado na adolescência do personagem principal, o seriado se passa nos dias atuais e mostra a relação de Norman com sua mãe Norma, seu irmão e os demais habitantes da cidade para onde a família se muda após a morte repentina do pai de Norman.

Eu, que gosto bastante do filme, fiquei com o pé bem atrás quando assisti as chamadas para este novo seriado. Afinal de contas mexer numa obra consagrada como Psicose é algo complicado. Ainda mais quando percebi que, a despeito do filme se passar na década de 1960 a série se daria nos dias atuais. Como fazer um prólogo que se passa cronologicamente depois? Achei que não tinha muito jeito de dar certo e deixei para lá.

Mas aí veio um domingo sem nada para fazer e a Universal estava reprisando os primeiros episódios da temporada em uma maratona e eu resolvi dar uma chance...E GAMEI. Assisti os seis primeiros episódios em sequência e saí fazendo propaganda para todo mundo! Porque a série é muito boa. Eu não sei como eles fizeram isso, mas a gente até consegue ter empatia por Norman e sua mãe, veja só! E se pega torcendo para que ele não vire o que a gente sabe que ele irá se tornar...

A ambientação da série está ótima. Eles conseguiram recriar o ambiente de Psicose muito bem. O hotel está lá, a casa também. Tudo com aquele ar decadente, mas ainda assim conectado com o mundo atual. Os personagens principais vivem nesta propriedade que parece presa a algum lugar do passado, mas lá estão presentes também o celular, o notebook...nos lembrando que é o tempo atual. E eu acho que este é um grande acerto. Não tentaram modernizar os cenários clássicos para que seja fácil a identificação do público, mas deram uma explicação plausível para isso.

Também me chamou a atenção o fato de Bates Motel conseguir ser uma série sem "barrigas". Ao contrário de várias séries em que episódios inteiros passam sem ocorrer nada de relevante, cada episódio de Bates tem um ritmo ágil e se for perdido faz falta para o entendimento da história que é forte e bem construída. Não é uma série de terror, mas é bastante tensa. É violenta, mas sem cair na apelação gratuita. Enfim, uma série que respeita sua premissa, mas que não teve medo de ousar na criação de personagens e tramas que não estavam presentes em Psicose

As atuações são o elemento principal para eu ter gostado da série. Vera Farmiga está simplesmente perfeita na pele de Norma Bates. Ela é completamente instável emocionalmente e manipuladora, mas também uma vítima dos acontecimentos. E, sem dúvidas, uma mãe que se preocupa com seu filho. Freddie Highmore parece ter sido feito para o papel de Norman Bates, de tão à vontade que está na atuação deste adolescente prestes a sucumbir ao descontrole emocional. Não vou ficar descrevendo todos os atores, mas a maioria é bem boa. E impossível não torcer pela Emma, de Olivia Cooke. Eu sei que ela NÃO pode ficar com o Norman (maior furada, né?), mas dá peninha ver ela sofrendo por conta dele.

A primeira temporada teve só 10 episódios e eu acho que isso foi um acerto porque assim o ritmo ficou mais fluido e sem enrolação. O último episódio teve um desfecho incrível e eu quero só ver o que eles vão fazer para dar continuidade a trama na próxima temporada, que tem previsão de estreia para 2014. Eu acompanhei pelo Universal Channel, que atualmente está reprisando a série. Mas também dá para baixar na internet.

Recomendo a série e também o filme, que foi dirigido pelo incrível Alfred Hitchcock e que mesmo sendo uma produção em preto e branco da década de 1960 dá MUITO medo. Para quem não curte muito esse tipo de filme, eu recomendo mesmo assim que dê uma chance com boa vontade porque vale a pena. Quanto ao livro homônimo, que deu origem ao filme e foi escrito por Roberto Bloch, eu ainda não li, então não sei dizer se é bom, mas acho que vale a pena experimentar afinal se um filme e uma série tão bons foram feitos a partir desta história é porque o livro não deve ser ruim.







terça-feira, 3 de setembro de 2013

Refrigerante Orgânico!

Todo mundo sabe que refrigerantes não são um bebida saudável, tanto que muitas pessoas que buscam uma alimentação mais natural optam por não consumi-los . Eu não ligo para Coca-Cola, mas gosto bastante do bom e velho Guaraná Antártica. Só que eu sei que faz mal, então evito beber e busco substituir por opções melhores, como sucos naturais. Mas eu sinto falta e adoraria ter uma opção de bebida de guaraná que fosse saudável (lembrando que o que chamamos de "guaraná natural" não tem nada de natural. É puro açúcar!), então fiquei super empolgada quando numa visita ao Armazém Vale das Palmeiras me deparei com o Wewi, um refrigerante orgânico!

O Wewi está disponível nos sabores guaraná e laranja e eu provei os dois. O sabor guaraná foi o meu favorito, mas os dois são gostosos. Eles não têm sódio e conservantes e os produtos utilizados na formulação são orgânicos. Eu comprei a latinha de guaraná (269 ml) por R$4,90 no Armazém Vale das Palmeiras (Leblon) e o de laranja por R$2,99 no supermercado Pão de Açúcar (Flamengo). Não é baratinho, mas acredito ser uma excelente opção para quem busca uma alimentação mais saudável, mas não quer abrir mão dos refrigerantes. Eu recomendo! ;)





quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Museu do Meio Ambiente - Mostra GENESIS!

Fica em cartaz até o dia 26 de agosto no Museu do Meio Ambiente (Jardim Botânico do RJ) a mostra GENESIS, com fotografias de Sebastião Salgado. A exposição tem 245 imagens em preto e branco que segundo o autor retratam “Uma jornada às paisagens terrestres e aquáticas, às pessoas e aos animais que permaneceram intocados, preservados do mundo acelerado dos nossos dias. Um testemunho de que nosso planeta ainda abriga vastas e remotas regiões onde a natureza reina em silenciosa e imaculada majestade”.

Fui conferir no domingo e fiquei encantada! Recomendo muito que todos que tenham um tempinho livre esta semana deem uma passada lá para conferir.Eu esperei por cerca de dez minutos na fila para conseguir entrar e o tráfego dentro do museu estava um pouco congestionado. Imagino que por ser a última semana em cartaz deva estar com uma fila um pouco maior neste final de semana, mas vale muito a pena.

As fotografias expostas retratam as mais variadas paisagens e animais, em cenários lindos e selvagens. Também é possível ver belas imagens de populações que vivem inteiramente integradas a estes ambientes. Garanto que seu conceito de "casa na árvore" vai mudar depois de uma visita a GENESIS. E pra quem, como eu, ama pinguins tem umas série de fotos desses animais tão lindos. Fiquei com muita vontade de trazer uma para casa!

Aos que se encantarem com as fotos e tiverem 150 dinheiros para gastar no livro da exposição, ele está a venda na lojinha do museu. É um livro bem bonito para se ter em casa. Eu não comprei, mas fiquei na vontade. Eles também tem uns caderninhos fofos, mas para a alegria do meu bolso não tinha nenhum com estampa de pinguim/zebra/girafa quando eu fui. Tenho certeza que se tivesse eu não ia resistir e comprar. 

O Museu do Meio Ambiente fica na Rua Jardim Botânico -1008, funciona das 9 às 17 horas e a entrada é gratuita. Um programa imperdível! ;)


Página Relacionada: 




domingo, 11 de agosto de 2013

(Exposição) Mais Pintura!

A convite da artista Mariana Corrêa, tive a oportunidade de conferir na última quinta feira (08/08) a abertura da mostra Mais Pintura, que ocorreu no Centro Cultural da Justiça Federal. A exposição coletiva reúne obras de 19 artistas com formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage e tem curadoria de Bruno Miguel e Luiz Ernesto, artistas e professores.

A intenção dos organizadores ao selecionarem os artistas que comporiam esta exposição coletiva foi apresentar não uma série de trabalhos desenvolvidos a partir de um tema comum, mas sim mostrar como os pintores convidados apresentam em suas criações uma grande diversidade de temas, linguagens e técnicas, o que garante um belo panorama da produção recente da EAV.

Como  leiga, afinal não tenho qualquer formação em artes plásticas, não tenho condições (e nem pretensão) de fazer uma análise técnica das obras expostas, mas como amante das artes posso garantir que são trabalhos muito interessantes de se ver e que vale a pena uma visita para conferir o que de novo anda sendo produzido por artistas brasileiros. Qualidade é o que não falta!

A Mais Pintura fica em cartaz até o dia 22 de setembro. O Centro Cultural da Justiça Federal fica na Av. Rio Branco 241, Centro, e funciona de terça a domingo de 12h às 19h. A entrada é
franca.

Páginas Relacionadas:

http://www.ccjf.trf2.gov.br/default.htm
http://maispintura.com/

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Campos do Jordão - SP!

Campos do Jordão é um município do interior paulista localizado na Serra da Mantiqueira. É considerada a cidade mais alta do Brasil, por estar a 1.628 metros de altitude, e em virtude de seu clima frio é procurada por muitos brasileiros na época do inverno. Eu e o namorado escolhemos esta cidade para passar alguns dias no final de julho e eu achei que seria uma boa ideia fazer uma postagem com impressões e dicas sobre o local, que é uma graça! Seguem as minhas sugestões:

Quando ir?

Fomos no final de Julho, chegando na cidade no último dia do Festival de Inverno. A época em que Campos do Jordão fica mais cheia é exatamente durante este festival, que dura quase um mês. É o período mais caro para se hospedar por lá, mas como Campos do Jordão é uma cidade cujo charme reside no clima frio, me parece fazer todo sentido ir no inverno. Para quem não gosta de badalação ir fora da época do festival, mas ainda dentro desta estação é uma boa opção. Nós pegamos temperaturas de 3 graus durante a noite e por volta de 20 graus durante o dia. Quando dava umas 17 horas a temperatura começava a despencar...

Onde Ficar?

O que não falta em Campos do Jordão são opções de hospedagem. A cidade está preparadíssima para receber turistas e tem opções que vão de pousadas mais simples a hotéis de luxo. Como é um município pequeno, mesmo que não se fique hospedado no centro turístico (que tem diárias mais caras) é possível ficar nas redondezas e chegar ao centro com facilidade, ainda mais para quem vai de carro. Nós optamos pelo Hotel Ascona, que fica a uns 5 minutos de carro do Centro Turístico de Capivari. O hotel era simples, mas confortável e limpo. Com bom café da manhã e água realmente quente (odeio chuveiro que não esquenta!). O único “porém” de nossa estadia foi que a internet do hotel parou de funcionar no segundo dia e não voltou mais. Achei os funcionários atenciosos e gentis e, para mim, a relação custo x benefício foi boa.

Onde Comer?

Existem tantos restaurantes em Campos do Jordão que eu não consigo imaginar que alguém saia insatisfeito de lá, em termos de opções de comida. Tem desde restaurantes italianos a lojinhas de crepe de rua, passando por estabelecimentos de comida japonesa, chinesa, francesa e por aí vai... Só que a comida é cara. Mesmo um simples hambúrguer ou pastel custa acima da média. Mas existe um restaurante self-service em que nós fomos almoçar no primeiro dia (não consigo me lembrar do nome) que tem um preço bom e pode ser uma opção legal para quem quiser economizar na hora de comer. Deixo a dica dos restaurantes que mais gostei: Safári (onde comemos uma sequência de Fondeu DELICIOSA), Baden Baden (que pertence à cervejaria homônima e tem um clima super legal) e Valentine (uma creperia MUITO BOA!). Todos localizados no centro turístico. De sobremesa: CHOCOLATE! A loja deste segmento que a gente mais gostou foi a Araucária. Mas existem outras opções, uma em cada esquina, e que oferecem desde chocolate quente a sorvete, sem esquecer claro das tradicionais barras.

Onde ir?

Uma das atrações que eu mais gostei em Campos do Jordão foi o Felícia Leirner, único museu de esculturas ao ar livre do país. As obras (84 no total) são lindas e o parque onde estão expostas é encantador. Também achei bem legal visitar o Palácio do Governo (ou Palácio Boa Vista), que possui em seu acervo obras de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti, entre outros. As duas atrações possuem entrada franca. Ainda no segmento cultural tem a Casa da Xilogravura, que reúne obra de diversos artistas produzidas com esta técnica e também é a sede da Editora Mantiqueira. 
Para quem gosta de passear sobre trilhos, existe a opção de fazer um passeio de bonde do centro turístico até a entrada da cidade (que possui um portal bem bonito). Eles possuem vários horários e funcionam diariamente. De quarta a domingo, a EFCJ também oferece o Trem do Mirante, que vai de Campos do Jordão ao Mirante de Nossa Senhora Auxiliadora. O trajeto pela serra é deslumbrante e na estação do mirante é possível comprar lembrancinhas e bebidas artesanais, além de comer um delicioso bolinho de bacalhau e tomar suco de uva integral.  Ida-Volta do bonde sai por 11 e o trem por 45 dinheiros. 
Campos do Jordão oferece ainda a possibilidade de se visitar a fábrica da cervejaria Baden Baden, considerada a primeira cerveja gourmet do país. O passeio inclui a degustação de dois chopes e um brinde. A fábrica também possui uma lojinha onde é possível comprar cervejas e outros produtos da marca. É importante lembrar-se de marcar com antecedência a visita, porque é uma atração muito procurada e eles limitam o número de visitantes por horário. Para quem for amante do chocolate, fica a dica de conhecer a fábrica da Chocolate Araucária, que é aberta a visitação e tem uma lanchonete maravilhosa com crepes de chocolate, entre outras delícias. Só é necessário agendar se a pessoa estiver em um grupo de mais de 15 pessoas.
Outras atrações da cidade são o teleférico do Morro do Elefante (eu preferi subir de carro porque tenho medo daquele treco que foi feito para dar errado! rs), passear pelo centro turístico (que é lindo), ir à Ducha de Prata, entre outras várias opções. Para quem quiser saber mais sobre atrações da cidade, fica o site http://camposdojordao.com.br/ onde eu peguei algumas boas dicas antes de ir. No quesito lembrancinhas, eu sugiro comprar nas feirinhas e lojas de chocolate. Nas lojas dos shoppings o preço é maior.

Outras Dicas:

Para quem mora no Rio de Janeiro, Campos do Jordão fica a mais ou menos 4 horas de viagem indo pela Rodovia Presidente Dutra. No trajeto tem alguns pedágios (não lembro agora se foram três ou quatro, mas sei que custam R$10,10 cada). Quem for viajar na época de frio, eu recomendo que leve casaco quente de verdade, luvas, gorro, cachecol e etc. Para andar durante o dia, um jeans e camisa de meia manga já resolve porque a temperatura é agradável. Recomendo levar manteiga de cacau na bolsa. Não posso deixar de dizer que os turistas costumam andar bastante arrumados pelas ruas da cidade, então para quem curte moda é uma diversão na hora de preparar os modelitos que vão para a mala! Dá para se jogar na bota de cano alto + sobretudo sem medo de ser feliz! ;)

Alguma Fotos!




segunda-feira, 1 de julho de 2013

(Exposição) Elles!



A exposição Elles: Mulheres Artistas na Coleção do Centro Pompidou é um excelente programa para aqueles que gostam de arte moderna e contemporânea, porém considero que é IMPERDÍVEL para todos que se incomodam com o fato de termos tão pouca presença feminina como autoras de obras de arte expostas nos museus, galerias e mostras. Nos dois andares desta mostra é possível conferir os mais variados trabalhos, desde pinturas a vídeos, passando por cartazes, esculturas e fotografias produzidos por grandes artistas.
 
Dentre as criadoras representadas em Elles temos Lygia Clark, Frida Kahlo, Lygia Pape, Letícia Parente, Louise Bourgeois, Valérie Belin, entre outras. Apesar de todos os trabalhos terem sidos produzidos por mulheres, nem sempre a temática deles gira me torno de questões do feminino ou do feminismo. Há muita variedade de temas. E quando estas questões ligadas à condição da mulher aparecem são sempre interessantes, como nos cartazes incríveis do coletivo Guerrilla Girls, que com suas máscaras de Gorila, talento e senso de humor questionam o papel destinado às mulheres no mundo das artes.

A importância desta mostra, em minha opinião, vai muito além da qualidade artística das obras expostas, uma vez que ela traz a ousada proposta de contar uma história da arte dos séculos XX e XXI sob o ponto de vista feminino. A experiência de poder passear pelas salas de uma exposição sem ter que ficar procurando para ver se há alguma obra assinada por uma mulher foi bastante interessante, uma vez que sempre me incomodo ao constatar que a esmagadora maioria dos acervos é composta por obras de artistas homens.

É bastante claro para mim que a baixa representatividade das mulheres neste tipo de ambiente não se dá por falta de artistas talentosas e sim em virtude de uma construção social que colocou este gênero num segundo plano em termos de reconhecimento histórico de seus feitos. Neste contexto, apesar de eu sonhar com o dia em que não serão mais necessárias mostras dedicadas exclusivamente ao trabalho de artistas mulheres, como não são necessárias aos homens, fico feliz em ver iniciativas como esta. Que se não resolvem o problema, ao menos trazem visibilidade.
Quem morar no Rio de Janeiro e quiser conferir, a exposição Elles: Mulheres Artistas na Coleção do Centro Pompidou fica em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil até 14 de Julho. A entrada é franca e o CCBB funciona de quarta a segunda das 09 às 21 horas. Aos que quiserem/puderem pagar 70 reais, fica a dica do livro da exposição, que está disponível para venda na livraria do próprio centro cultural. Existem folhetos gratuitos também.

E mesmo se você achar todo esse papo de representação feminina muito chato, eu recomendo ainda assim que confira a exposição, porque as obras são realmente muito boas! ;)


Páginas Relacionadas:

 www.centrepompidou.fr (Disponível em francês, inglês e espanhol.)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

(Filme) Faroeste Caboclo!

* Não sei se é possível se falar em spoilers num filme baseado em uma música que todo mundo conhece, mas esse texto contém comentários sobre o enredo. * 


Faroeste Caboclo, apesar de seus 9 minutos, é uma das canções mais conhecidas da música brasileira. E levar para os cinemas os versos criados por Renato Russo e imortalizados pela banda Legião Urbana era tarefa tão complicada quanto adaptar um livro de grande sucesso. A grande decisão a ser tomada seria entre seguir fielmente ao que a canção diz ou fazer uma obra livremente inspirada.

Os roteiristas Victor Atherino e Marcos Bernstein e o estreante diretor René Sampaio optaram pelo caminho mais difícil e decidiram por fazer uma história que bebe na fonte da letra, mas que não é um videoclipe. Aos fãs que compareceram ao cinema de letra em punho e sem o coração aberto às mudanças de roteiro, ficou o sentimento decepção. Mas quem foi de mente aberta pôde curtir um bom filme. Quando fui conferir, em seu fim de semana de estreia, o filme Faroeste Caboclo eu já estava pronta para encontrar mudanças nos acontecimentos, uma vez que os atores e diretor do filme haviam deixado isso bem claro durante as entrevistas. Sendo assim minha experiência foi bastante agradável.

O filme de René Sampaio opta por diminuir o tempo na tela dedicado a infância de João de Santo Cristo (Fabrício Boliveira) - que tem alguns pontos importantes esclarecidos através de flashes back durante a trama - e por desenvolver o romance entre ele e Maria Lúcia (Ísis Valverde) mais cedo na história. Algumas passagens da músicas são simplesmente deixadas de lado, outras são mantidas de forma idêntica e a maioria é vista sob uma nova perspectiva, com algumas alterações para se encaixarem no novo roteiro. Também são criados novos personagens, o que para mim faz todo sentido para a história.

As atuações de Ísis Valverde, como Maria Lúcia e César Trancoso como Pablo me agradaram muito. Ísis mostrou de vez que é muito mais do que um "rostinho bonito". É uma atriz de verdade e ponto. Antonio Calloni está excelente na pele de Marco Aurélio, personagem que não está na música, mas que neste filme faz toda a diferença. Eu diria até que ele é o melhor do filme. O Jeremias de Felipe Abib ficou um pouco caricato, é verdade, mas eu até que gostei deste ar meio louco que o ator deu ao personagem. Fabrício Boliveira como João de Santo Cristo, protagonista da história, deixou a desejar para mim. Ele fez o "feijão com arroz" bem feito, mas senti falta de um João mais destemido e carismático.
 
É claro que o filme não é perfeito. Achei desnecessário colocar tantas cenas de sexo entre Maria Lúcia e João, por exemplo. Fiquei com a sensação de que o relacionamento deles acabou sendo mostrado ao espectador como praticamente só baseado nisso e em fumar maconha. É verdade que as sequências de sexo são delicadas e bonitas, mas poderiam aparecer em menor quantidade. Imagino que mostrar os dois em outras situações poderia criar uma história mais sólida de amor. Também me incomodou um pouco a cena final. Achei coerente optar por um duelo sem as câmeras de tv filmando, como acontece na música, mas não consegui aceitar o tiro de Jeremias não ter sido dado pelas costas. Esse era um trecho que para mim fazia muito sentido ser mantido como no original e não mudaria em quase nada a forma como a cena ficou no final das contas. É um detalhe que eu teria gostado de ver. Mas o que mais me incomodou, sem dúvidas, foi o comportamento de João de Santo Cristo em alguns momentos. Eu queria ter visto mais fúria, sabe? Acho mesmo que o ator podia ter investido mais emoção no papel.

De modo geral achei que a versão cinematográfica de Faroeste Caboclo criada por Marcos Bernstein, Victor Atherino e René Sampaio ficou bem feita e coerente e que a qualidade técnica do filme é muito boa, não devendo em nada a produções gringas. Como já é de se imaginar pela letra, este não é um filme para crianças. Existe muita violência em Faroeste Caboclo, mas ela não é gratuita e nem grotesca, o que eu acho um ponto muito positivo. 

Sendo Faroeste Caboclo um filme em que todo mundo já sabe o final, o interessante mesmo é ver como a história se desenrola. Para mim valeu muito a pena ir conferir. Não é um clipe, mas é uma boa história livremente adaptada. Recomendo muitíssimo que se vá assistir de coração e mente abertos, porque é um filme que vale a pena de ser visto, independente de ter sido fiel ou não a sua fonte. Ah, e para quem ficar em dúvida se a obra cinematográfica difere muito da versão musical é só esperar os créditos e acompanhá-los ao som da obra de Renato Russo! ;)

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terça-feira, 28 de maio de 2013

(Show) Mallu Magalhães!

A cantora (dyva!) Mallu Magalhães escolheu o Circo Voador como palco para a última apresentação da turnê Pitanga no Rio de Janeiro, que aconteceu na sexta feira 24 de maio. E eu, como boa fã, fui conferir! =)
 
Admito que pensei em fazer um relato mais impessoal do evento, mas a verdade é que eu não consigo porque a Mallu é uma das minhas cantoras favoritas e eu queria MUITO ir a esse show, então é tudo passional demais para ganhar uma avaliação isenta de minha parte! O que eu consigo dizer é que a artista estava linda e super simpática no palco. Que ela interpretou maravilhosamente as músicas do Pitanga, e mais algumas outras, e que o público veio a baixo e cantou junto com sua performance de Velha e Louca (uma das minhas músicas favoritas, aliás). A apresentação terminou ao som de Sambinha Bom, com direito a participação de Marcelo Camelo na percussão.

A minha única observação negativa é que o show, que estava marcado para começar às 23 horas e tinha como banda de abertura a Acabou La Tequila, atrasou bastante. A espera, no entanto, valeu a pena porque quando Mallu apareceu no palco eu esqueci o cansaço (o Circo não tem lugar sentado, então eu estava há mais de duas horas em pé esperando) e a irritação pela demora e curti cada segundo da apresentação que deixou os fãs super empolgados e cantanto junto, então isso nem chegou a ser um problema. Ah, e choveu horrores na hora da saída do show, mas isso não foi culpa da produção! ;)

Infelizmente não tem mais nenhum show dela marcado por enquanto e imagino que agora só quando o novo álbum sair...Mas, para quem ainda não conhece seu trabalho, eu deixo a dica de se deliciar com as músicas do Pitanga, que pode ser comprado em formato de bom e velho cd (que tem capa e encarte muito fofos) ou em formato digital através de sites como iTunes. Também é possível ouvir as músicas no próprio site da cantora e assistir aos clipes (lindos) no Youtube!


Página Relacionada:
www.mallumusic.com.br

Créditos das imagens:
Foto 1: Site oficial da Mallu Magalhães.
Foto 2: Celular do namorado.






segunda-feira, 6 de maio de 2013

Festival Varilux de Cinema Francês!

Este ano o (excelente!) Festival Varilux de Cinema Francês ocorre de 01 a 16 de Maio, em 40 cidades do país. O Rio de Janeiro recebe o evento em sua primeira etapa, entre os dias 03 e 09 deste mês, em 10 salas de cinema que vão da zona sul ao subúrbio carioca. Considero este festival como sendo imperdível para os amantes de cinema e da cultura francesa, pois traz filmes ótimos que muitas vezes nem chegam a entrar em cartaz no circuito comercial.

Sabendo que não teria como assistir a todos os filmes em cartaz no festival, fiz uma seleção do que considerava imperdível (para o meu gosto, claro! rs) e cheguei a três filmes, que conferi entre sexta e domingo.Seguem abaixo minhas impressões sobre estas obras, que podem ser conferidas até a próxima quinta feira aqui no Rio de Janeiro (para outras cidades, olhar o calendário no site do evento).



Adeus, minha Rainha (Les adieux à la Reine) - Baseado no romance homônimo da escritora Chantal Thomas, a trama deste filme se passa em poucos dias de 1789, quando a notícia da tomada da Bastilha pelos revoltosos chega à Versalhes causando medo entre os nobres e incerteza entre os que trabalhavam para a corte. O fio condutor da história é a personagem Sidonie (Léa Seydoux), uma jovem plebeia que trabalha como leitora da Rainha Maria Antonieta (Diane Kruger). É através de seus olhos, e de sua dedicação à soberana, que vemos as transformações abruptas que a Revolução causou na vida de todos que eram ou estavam de alguma forma ligados a da nobreza francesa da época.
Gostei bastante do filme, que é visualmente lindo e tem excelentes atuações. Também achei muito interessante ser um filme que fala da queda da monarquia francesa a partir do ponto de vista de alguém que ao mesmo tempo em que faz parte do povo é também frequentadora da corte, o que a leva a ter uma relação com a nobreza diferente daquela que os demais plebeus possuíam. O fato de ser uma trama focada na perspectiva feminina e onde as personagens mais fortes e interessantes são mulheres também me chamou atenção positivamente, pois as "tramas de época" muitas vezes acabam por cair no lugar comum de mostrar as mulheres como personagens passivas no processo histórico. Pode-se até discordar das escolhas e posturas das mulheres de Adeus, minha Rainha, mas é inegável que elas são seres ativos e isso me conquistou de vez.
Ps.: A sessão que assisti contou com a presença do diretor, Benoît Jacquot, que respondeu algumas perguntas da plateia, o que tornou a experiência ainda mais interessante! =) 



A Datilógrafa (Populaire) - Esta ótima comédia romantica se passa em 1958 e conta a história de Rose Pamphyle (Déborah François), uma garota do interior que quer se tornar secretária, mas cujo verdadeiro talento é datilografar numa grande velocidade. Este dom inusitado acaba despertando em Louis Echard (Romain Duris), seu chefe, a vontade de incentivá-la a participar de concursos de datilografia, o que acabará por mudar completamente a vida dos dois.
Este filme é o tipo de produção que faz a gente sair do cinema leve e feliz, pois é muito gostosa de assistir. Para mim, o grande mérito de A Datilógrafa é ser uma obra que é divertida e romântica sem cair nos clichês das comédias românticas americanas, cujos enredos são sempre os mesmos e as atuações costumam ser apenas medianas. Neste filme, a trama realmente importa e é bem desenvolvida! E os personagens são bem construídos e evoluem durante a história! E os atores são ótimos! É o tipo de filme que dá vontade de ter em casa, para poder rever sempre!
Ps.: A sessão que assisti foi no Cine Santa Teresa. Nunca tido ido neste bairro e achei completamente diferente de todos que conheço no Rio de Janeiro. É um lugar realmente peculiar e que merece uma visita! Fica a Dica ;)



Além do Arco-Íris (Au bout du conte) - Fábula moderna que subverte as tramas dos contos de fadas para contar uma história sobre as diversas possibilidades de amor e relacionamento. Apesar de a história ser conduzida a partir do relacionamento de dois jovens sonhadores, não considero que a trama tenha um protagonista, mas sim vários personagens importantes, cujas histórias estão de alguma forma ligadas, o que é interessante, mas às vezes um pouco confuso de acompanhar. Além do Arco-Íris é um filme cheio de referências à histórias como Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, entre outros contos infantis, mas sempre sob uma perspectiva adulta. Dos três filmes que assisti no festival este foi o que menos me impactou, apesar de eu ter achado a ideia da trama muito boa. A verdade é que apesar de ser um filme bem escrito, bem feito e que conta com boas atuações, por alguma razão ele não ganhou meu coração como os outros...Vai saber o porquê, né?
Ps.: Além do Arco-Íris não me conquistou, mas sua diretora sim! Fui pesquisar sobre Agnés Jaoui (que também atua no filme) porque sempre me interesso por saber um pouco mais sobre diretoras mulheres (são tão poucas!) e descobri que além de atuar e dirigir, ela também canta e escreve (sendo inclusive co-roteirista de Além do Arco-Íris, em parceria com Jean Pierre-Bacri que também atua no filme)! Assisti uma entrevista e a achei super fofa e simpática. E ela fala português! *-*

Claro que outras produções que despertaram meu interesse acabaram ficando de fora da minha maratona de final de semana, mas foi preciso fazer escolhas...Espero que ao menos alguns dos filmes do festival entrem em circuito ou cheguem por dvd para que se possa ter um maior acesso a eles. Não custa torcer, não é mesmo? ;)

E para quem quiser aproveitar o Festival Varilux de Cinema Francês, é só acessar o site do evento e conferir os filmes e horários. Garanto que vale muito a pena!

Observação: O primeiro trailer está com legendas em inglês e áudio original, o segundo está dublado em espanhol e sem legendas e o terceiro é um teaser com áudio original e sem legendas.

Página Relacionada:
http://variluxcinefrances.com

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Museu de Arte do Rio - MAR!

Inaugurado em março de 2013, o Museu de Arte do Rio - MAR é o mais novo museu da cidade. Localizado na Praça Mauá ele faz parte do projeto Porto Maravilha, que consiste num conjunto de ações da prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com a iniciativa privada, que visa revitalizar a zona portuária da cidade. A estrutura do museu é composta por dois prédios interligados por um telhado que faz referência as ondas do mar. As salas de exposição ficam no Palacete Dom João VI e no prédio vizinho se encontra a Escola do Olhar, que é voltada para alunos e professores da rede pública de ensino.

Passado o parágrafo de "contextualização" vamos as minhas impressões sobre o MAR: 

Prós - Achei que o museu ficou bastante bonito e com cara de coisa bem feita, sabe? Ele possui um mirante no telhado (onde se pode subir gratuitamente para olhar a vista) e bilheteria, guarda volumes e uma lojinha de lembranças no térreo. As salas de exposição são amplas e com temas diversificados e não faltam funcionários para orientar os turistas e visitantes. Os destaques para mim foram as telas de Tarsila do Amaral (DIVA) e Di Cavalcanti, além das esculturas (perturbadoras e lindas) de Maria Martins, artista que eu não conhecia até então, mas que gostei muito das obras que vi. Também achei bem legal conferir quadros e fotografias que mostram a paisagem (e alguns monumentos) do Rio de Janeiro no passado.

Contras - A região portuária do Rio de Janeiro ainda está longe da revitalização prometida pelo projeto Porto Maravilha (que ainda esta sendo executado), então ir ao MAR é um programa bem legal, mas que fica prejudicado pelo entorno, que está bastante degradado e passa a sensação de ser um local inseguro para se passear. Também não é uma área com opções de lugares legais para comer por perto.Saímos de lá com fome e as opções mais próximas eram um Mc Donald´s e um Subway que nem ficavam tão perto assim do museu. Espero que a conclusão das obras de revitalização acabe com estes inconvenientes porque é uma região com bastante potencial para se desenvolver.

Saldo final: Achei o museu bastante interessante e recomendo a visita. Os problemas do entorno prejudicam, mas não impedem que ir ao MAR seja um bom programa cultural para um final de semana ou feriado!

O MAR:

Endereço: Praça Mauá, 05 - Centro.
Horário de Funcionamento: Terça a domingo, das 10 às 17 horas.
Ingressos: R$ 8,00 (inteira)/ R$ 4,00 (meia).
Gratuidades: Às terças-feiras, o MAR é gratuito para todos. Nos demais dias é gratuito para: alunos da rede pública de ensino fundamental e médio, crianças com até 5 anos de idade, pessoas com idade a partir de 60 anos, professores da rede pública de ensino, funcionários de museus, grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa, vizinhos do MAR e guias de turismo.

Página Relacionada:

www.museudeartedorio.org.br

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Natal-RN!

Capital do estado nordestino do Rio Grande do Norte, o município de Natal é conhecido por suas belas praias, lagoas, dunas e por ter dias ensolarados a maior parte do ano (por isso o apelido de Cidade do Sol). E isso era tudo que eu sabia sobre essa cidade até aceitar a sugestão do namorado de passarmos uns dias por lá. Eu sempre tinha ouvido falar que o Nordeste brasileiro é encantador e por isso fui com altas expectitativas. Para minha agradável surpresa Natal superou positivamente o que eu estava esperando encontrar, me brindando com praias maravilhosas, cuja a coloração do mar é de um azul que nunca vi igual. Também amei, entre outras coisas, as lindas lagoas, as dunas a perder de vista, o clima quente, porém agradável por conta do vento constante, o artesanato, o forró, a receptividade do povo e a tapioca (que eu nunca tinha experimentado e AMEI).

Fiquei tão empolgada com Natal que resolvi escrever um texto para fazer propaganda da cidade (VISITEM NATAL!!!) e deixar algumas dicas que eu considero interessantes e úteis para quem tiver planejando passar uns dias neste lugar maravilhoso. Seguem as minhas sugestões:

Onde Ficar?

Ponta Negra é hoje a região de Natal que concentra a maioria dos hotéis da cidade. A vantagem de ficar hospedado nesta área é que tudo em volta foi pensado para atender aos turistas, então muita coisa pode-se fazer a pé ou gastando pouco para ir de táxi/ônibus. Existem vários restaurantes próximos, barraquinhas na orla, pontos de táxi e ônibus, feira de artesanato (com direito a show de forró) e até shopping center com cinema. Nós ficamos hospedados no Hotel Pontalmar, que não é baratinho, mas tem uma excelente localização e é bastante confortável. Achei o café da manhã gostoso e variado e eles possuem uma piscina bem legal, que por ficar no último andar tem uma bela vista. Como Natal tem praias incríveis, só fomos à piscina na parte da noite.

Onde Comer?

Eu gostei bastante de três restaurantes que fui na própria região de Ponta Negra: A churrascaria Sal e Brasa, que cobra apenas R$ 29,90 por um gostoso rodízio de carnes com acompanhamentos e música ao vivo; O restaurante Farofa D´água, que possui comida típica e também pratos "comuns" muito bons, com ambiente super agradável e atendimento simpático e meu preferido que é a Casa de Taipa, um restaurante especializado em tapiocas, que tem uma decoração LINDA (parece mesmo que estamos numa cabana, com direito a chão de areia, palha, móveis de madeira colorida...) e comida deliciosa. Para comer nas praias existem várias opções de restaurantes que servem desde o tradicional à la carte, passando pelo self service e tendo até algumas opções do tipo "coma o quanto puder por x reais". Em um desses restaurantes nós optamos, por sugestão do guia, por comer um peixe chamado Cioba. Achei bastante gostoso e recomendo.
Obs.: Alguns restaurantes em Ponta Negra possuem serviço de transfer gratuito (é só pedir para o hotel entrar em contato que eles buscam o cliente de van e depois trazem de volta).O Farofa D´água e o Sal e Brasa oferecem este tipo de transporte.

Onde comprar lembrancinhas?

Na antiga cadeia de Natal funciona atualmente o Centro de Turismo da cidade. O espaço é lindo é conta com uma galeria de arte, 42 lojas de artesanato (que funcionam nas antigas celas), lanchonete e um restaurante, Marenosso, que tem uma vista linda para o mar. Neste centro é possível comprar todo tipo de lembrancinhas por preços que começam em R$1,00! Nas quintas feiras o espaço abriga uma festa chamada Forró com Turista. Eu queria muito ter ido, mas como o "rala bucho" ia até tarde e tínhamos um passeio no dia seguinte bastante cedo acabamos desistindo. Mas além deste existem vários forrós pela cidade, é só procurar. Na ponta Negra (perto do restaurante Farofa D´água) existe uma feirinha de artesanato com basicamente as mesmas opções do Centro de Turismo. Lá também existe lanchonetes e uma área central onde ocorrem shows de forró (esse eu consegui assistir! rs).Também é possível comprar lembrancinhas nas principais atrações turísticas e nas praias.

Onde ir?

Natal e seus arredores têm MIL opções de passeios legais, mas acho que o mais tradicional (e que nenhum turista deve perder) é o passeio de Buggy. É possível optar tanto pelo litoral norte, quanto pelo sul, sendo que a primeira opção é a mais procurada porque passa pelas famosas dunas. Nós optamos pelo litoral norte e foi lindo. Além do visual das praias, dunas e lagoas dessa área ser espetacular foi possível também conhecer o Aquário de Natal, que tem várias espécies marinhas interessantes, com destaque para os pinguins (que eu AMO!), cavalos marinhos (lindos!) e para a possibilidade de se fazer carinho num tubarão! Neste tour ainda são oferecidos os famosos passeios de dromedário (que não fizemos) e a possibilidade de fazer esquibunda, aerobunda e kamikaze nas dunas (que o namorado fez todos! rs). O preço do passeio de Buggy é de 360 reais por carro e precisa ser pago em dinheiro. Nós fizemos com o Nego, do Buggy 109, e foi muito bom e com emoção! Para economizar dividimos com outro casal, ficando em 90 reais por pessoa.
Também acho bastante interessante ir conhecer o Forte dos Reis Magos, que fica no lado direiro da barra do Potengi (perto da ponte Newton Navarro). Essa fortaleza começou a ser construída em 1598 e desde 1949 é tomabada pelo IPHAN. O local é lindo, está muito bem conservado e possui uma vista maravilhosa para o mar. Para melhor atender  aos turistas, o forte conta com guias voluntários que explicam a história do local, lanchonete, banheiros e loja de lembrancinhas.
Distante 25 km de Natal, na praia de Pirangi do Norte, está localizado o famoso Maior Cajueiro do Mundo, que certamente também vale uma visita. Lá é possível caminhar por entre os galhos desta árvore e também observá-la de cima, através de um mirante.O local onde fica o cajueiro também conta com lojinhas de artesanato e venda de castanhas e doces de cajú. O guia nos contou que na época em que a árvore dá frutos é permitido aos turistas tirar os cajús diretamente da árvore.
Falar sobre uma praia ou lagoa específica de Natal é impossível, então nem vou me atrever a recomendar alguma como imperdível... A minha sugestão é que não se perca a oportunidade de conhecer o maior número possível delas durante a estadia em Natal e arredores. Existem algumas praias mais famosas, como Ponta Negra, Maracajaú e Pipa, mas há várias outras opções lindas e que valem uma visita. Em Natal, ficar na piscina do hotel é desperdício!

Empresas de Turismo:

Para quem vai fazer uma viagem de poucos dias ou não está acostumado com a cidade uma boa opção é contratar passeios com empresas turísticas. Nós utilizamos o serviço da Anauê Receptivo para o transfer aeroporto-hotel-aeroporto + citytour (R$80,00 p/ pessoa) e passeio a Maracajaú (R$ 50,00 p/ pessoa). Eles também ficaram responsáveis pelo agendamento do nosso passeio de Buggy. Com a Samila fizemos o passeio a João Pessoa (R$ 55,00). Para quem já conhece o lugar ou vai ficar mais tempo, eu recomendo alugar um carro. Ficar dependendo exclusivamente de táxi não é uma boa opção porque nem todas as atrações são perto e o preço cobrado é só um pouco menor do que o do Rio de Janeiro. O ônibus convencional custa R$ 2,20, mas no único dia em que tentamos fazer uso deste transporte acabamos desistindo por conta da demora.

Espero que as sugestões e comentários tenham sido úteis! E para quem estiver em dúvida sobre o destino de suas próximas férias (ou de um feriadão) fica minha dica: Vá para NATAL! O único problema de visitar esta cidade é que a gente corre o risco de querer ficar por lá!







Páginas Relacionadas:

http://www.pontalmar.com.br/pt/
http://www.churrascariasalebrasa.com.br/
http://www.forrocomturista.com.br/
http://turismo.natal.rn.gov.br/
http://www.omaiorcajueirodomundo.com
http://anauereceptivo.com.br/
http://www.samilaturismo.com.br

Crédito das fotos:
Eu mesma ;)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Lado a Lado!

Tem como não amar a novela Lado a Lado? A trama do horário das 18 horas que a Rede Globo exibe desde setembro e que terá seu último capítulo transmitido na próxima sexta feira foi uma grata surpresa televisiva para todos que consideram importante falar sobre temas como racismo e emancipação feminina. A história me ganhou e hoje assumo, sem medo de parecer brega, que é a melhor novela que já assisti. Ganhou até de Cheias de Charme, que eu adorei, mas cujo perfil mais leve não permitia se aprofundar em certos temas.

A trama escrita por Claudia Lage e João Ximenes Braga conta a história da amizade entre a branca e rica Laura (Marjorie Estiano) e a negra e pobre Isabel (Camila Pitanga) e mostra os diversos desafios que as mesmas enfrentam por ousarem pensar diferente do senso comum da sociedade carioca do início do século XX. Entre outras "afrontas" ao modelo pré-estabelicido Laura trabalha fora e é divorciada, enquanto Isabel é mãe solteira, enriquece como bailarina na França (dançando justamente samba, um ritmo que na época era considerado vulgar) e ainda vira dona de teatro no Brasil. Também é preciso louvar o fato de que a história valoriza a amizade feminina, tema que tantas vezes é retratado como impossível em obras que ajudam a disseminar a falsa ideia de que mulheres sempre competem e nunca se ajudam.

Os protagonistas masculinos também são ótimos. Zé Maria (Lázaro Ramos), par de Isabel, começou como barbeiro virou marinheiro (inclusive participando ativamente da Revolta da Chibata), trabalhou num jornal e finalmente conseguiu ter seu talento como administrador reconhecido ao ser chamado para trabalhar em uma importante fábrica. Seu machismo do começo da trama, marcado por pensamentos que refletem a educação recebida por ele e que reproduziam o senso comum, foi aos poucos se desfazendo no convívio com Isabel.  Já Edgar (Thiago Fragoso), marido de Laura, mostrou-se desde sempre um companheiro sensível as demandas da esposa, apesar de em alguns momentos também falar ou agir guiado por pensamentos ligados ao status quo.

Ao quarteto protagista se somaram personagens interessantes como o núcleo do teatro, responsável pelo alívio cômico da trama; a família de Laura, com destaque para sua mãe Constância (Patrícia Pillar) que é a grande vilã da história com seu pensamento racista e seu apego às tradições; os personagens que vivem no morro, que têm a importante tarefa de tocar em assuntos como racismo, perseguição religiosa e desigualdade social, entre outros tantos que fizeram desta novela uma das mais bem escritas da teledramaturgia nacional. Tratar de temas históricos como a Revolta da Vacina, a Revolta da Chibata e a formação das favelas no Rio de Janeiro também é bastante útil, uma vez que muitos espectadores podem nem se lembrar de quando estudaram tais assuntos na escola ou mesmo não terem tido acesso à essa informação. 

É claro que novela é um produto e que não traz em si a obrigação de ser didática, fiel à realidade ou mesmo de tratar de temas relevantes para a sociedade. Ela pode ser apenas diversão. Mas quando um produto destes, que chega a milhões de brasileiros de todas as classes sociais, traz algo a mais, como é o caso de Lado a Lado, isso é motivo de comemoração. Ver assuntos como emancipação feminina e preconceito racial sendo discutidos abertamente na televisão é ótimo. E mesmo a trama se passando entre 1906 e 1910 percebe-se que estes ainda são assuntos importantes de serem tratados. Basta abrir o jornal ou acessar um portal de notícias para ver que muitas mulheres ainda continuam sendo violentadas e agredidas apenas por terem nascido mulheres e que muitos negros continuam sofrendo preconceito e sendo mal tratados apenas pela cor de sua pele. 

O Brasil de hoje, pouco mais de cem anos após o período em que se passa a história de Lado a Lado, já evoluiu muito. Hoje temos, por exemplo, uma mulher como presidenta do país e um negro como presidente do Superior Tribunal Federal. Em 1910 Dilma Rousseff não poderia nem votar, muito menos ser eleita. Joaquim Barbosa provavelmente nem teria tido acesso à uma Universidade. Então muita coisa mudou para melhor sim, mas não se pode negar que ainda há muito a ser feito para que sejamos efetivamente um país igualitário em relação as ditas minorias. Uma novela como Lado a Lado tem, neste sentido, um papel importantíssimo de nos levar a refletir sobre o fato de que muitas das coisas retratadas na trama ainda ocorrem hoje em dia e que ainda existe um longo caminho pela frente, ao mesmo tempo em que traz também a mensagem de que com união a mudança é possível.