segunda-feira, 24 de setembro de 2012

(Musical) O Mágico de Oz!


O Mágico de Oz (versão de 1939) é um dos meus filmes favoritos. Nele uma menina chamada Dorothy, que vive com seus tios e o cachorro Totó numa fazenda no Kansas acaba indo parar numa terra mágica durante um tornado que leva (literalmente!) a sua casa pelos ares. Ao despencar neste mundo encantado ela acaba acidentalmente matando a Bruxa Má do Leste e virando a heroína do povo Munchkins, que vivia sobre a opressão da tal bruxa. Os problemas de Dorothy começam quando a irmã da feiticeira assassinada, a Bruxa Má do Oeste resolve se vingar dela. Com a ajuda da Bruxa Boa do Norte e dos seus novos amigos Espantalho, Homem de Lata e Leão Covarde a menina precisa chegar até o Mágico de Oz para pedir que ele a ajude a voltar para casa. A trama é baseada no livro infantil O maravilhoso Mágico de Oz (The Wonderful Wizard of Oz ) escrito por L. Frank  Braum em 1900.

Mas este texto não é sobre o filme em si e sim sobre o musical O Mágico de Oz da dupla (incrível!) de diretores Charles Möeller e Cláudio Botelho. O espetáculo se baseia na adaptação para o cinema de 1939 para levar aos palcos nacionais toda a magia de uma história que já encantou gerações. Como boa fã eu corri para assistir (na primeira fila!) ao musical assim que ele estreou. Fui cheia de expectativas porque além de gostar muito da história já conhecia outros trabalhos dessa dupla (como Gypsy, Avenida Q e O Despertar da Primavera) e sabia que eles fazem musicais de primeira qualidade.

As minhas expectativas sobre a qualidade da montagem foram positivamente superadas. É a produção mais bem feita deles (e olha que o parâmetro de comparação é alto), com cenários incríveis, iluminação perfeita e efeitos especiais na medida para encantar aos adultos e crianças da plateia. Adaptar  para o palco de um teatro um filme que mostra um tornado levando uma casa pelos ares não é tarefa fácil, mas eles cumprem com maestria. A versão para o português das músicas também está muito bem feita. É claro que, para mim, não tem como fazer Somewhere over the rainbow (canção mais famosa do filme) ficar melhor do que já é, mas a adaptação que eles fizeram ficou linda. Figurinos e maquiagem também estão impecáveis.

A única coisa que me decepcionou um pouco foi o fato de eles terem forçado a mão para que o personagem do Leão Covarde (interpretado pelo ator Lúcio Mauro Filho) brilhasse mais do que os outros. Imagino que por ele ser um ator muito conhecido do grande público tenham optado por lhe dar maior destaque, mas sinceramente foi um pouco chato ver que depois que ele entrou em cena os demais atores, inclusive a própria Malu Rodrigues (que interpreta a Dorothy), passaram a servir de escada para ele. Foram tantas piadas de duplo sentido com a sexualidade do Leão Covarde que o que poderia ter ficado engraçado se tornou enfadonho. Eu não acho que o Lúcio Mauro Filho seja um mau ator, mas acredito que o papel que escreveram para ele acabou passando um pouco do ponto, o que foi uma pena para mim.

Maria Clara Gueiros faz uma Bruxa Má do Oeste divertida e carismática. Malu Rodrigues está uma graça como Dorothy, uma personagem muito diferente da que ela interpreta no seriado Tapas e Beijos da Rede Globo. Pierre Baitelli como o Espantalho é tudo de bom. Ele encontrou o tom do personagem e está divertido e desenvolto no mais carismático (pelo menos para mim) dos amigos que Dorothy encontra em sua jornada pela estrada de Tijolos Amarelos. Nicola Lama é um Homem de Lata encantador. A peça tem ainda outros personagens importantes como os tios de Dorothy e o próprio Mágico de Oz, além de um elenco de apoio composto por atores/cantores/bailarinos. Não dá para falar de todo mundo individualmente, mas achei o grupo como um todo muito bom.

Para quem quiser conferir (vale a pena!) o musical O Mágico de Oz fica em cartaz em terras cariocas (Teatro João Caetano) até o próximo dia 07 de outubro. Depois segue para São Paulo. Atualmente as apresentações ocorrem de sexta a domingo e os ingressos podem ser comprados pela internet ou diretamente na bilheteria do teatro, que funciona de terça a domingo.

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1 comentário:

  1. Também achei o cenário maravilhoso e foi mesmo uma pena o que fizeram com o papel do Leão... Também recomendo. Ótima postagem.

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