*Texto com spoilers*
Até semana passada, quando li uma crítica da Lola a respeito, a única coisa que eu sabia sobre o filme Thelma e Louise era que suas protagonistas se chamavam Thelma e Louise! Ou seja, eu não sabia era nada sobre esta produção de 1991, que levou o Oscar de melhor roteiro original. E admito essa minha ignorância sobre o filme com certa vergonha porque é exatamente o tipo de história que me ganha, por trazer mulheres em papéis realmente interessantes e que trata de uma amizade sincera e verdadeira. Coisa que o cinema costuma retratar como se fosse possível apenas entre homens.E não é!
Louise (Susan Sarandon) é uma garçonete solteira (ela tem um namorado, mas não é casada) e independente, que tem como melhor amiga Thelma (Geena Davis) uma dona de casa cujo marido é a personificação de um completo imbecil (desses que acham que a esposa não passa de mais um objeto da casa, como uma geladeira, sabe?). As duas estão levando suas vidas na rotina até que Louise convida a amiga para uma viagem de final de semana e numa atitude inesperada Thelma resolve ir sem pedir autorização ao marido (ela deixa um bilhete avisando).
Empolgada com a liberdade que nunca teve, Thelma pede a amiga que parem em um bar. Lá ela acaba conhecendo um cara que faz o tipo (criminoso) que acredita que se uma mulher está bêbada e aceitou dançar (ou mesmo flertar) com ele, então ela tem necessáriamente que transar com ele, mesmo sem querer. Felizmente Louise chega a tempo de salvar a amiga, mas no meio da confusão acaba matando o sujeito. E o que era para ser uma tranquila viagem de final de semana acaba se transformando numa fuga desesperada.
Louise tem medo de procurar a polícia para contar o ocorrido porque sabe que numa sociedade machista como a que vivem (e mesmo hoje, mais de vinte anos depois, isso infelizmente ainda acontece) Thelma teria sua posição de vítima questionada, uma vez que todos no bar a viram bêbada e dançando com o seu agressor. Sendo assim as amigas resolvem fugir para o México para não irem para a cadeia, mas os acontecimentos acabam saindo do controle delas de uma forma em que voltar atrás se torna impossível.
Empolgada com a liberdade que nunca teve, Thelma pede a amiga que parem em um bar. Lá ela acaba conhecendo um cara que faz o tipo (criminoso) que acredita que se uma mulher está bêbada e aceitou dançar (ou mesmo flertar) com ele, então ela tem necessáriamente que transar com ele, mesmo sem querer. Felizmente Louise chega a tempo de salvar a amiga, mas no meio da confusão acaba matando o sujeito. E o que era para ser uma tranquila viagem de final de semana acaba se transformando numa fuga desesperada.
Louise tem medo de procurar a polícia para contar o ocorrido porque sabe que numa sociedade machista como a que vivem (e mesmo hoje, mais de vinte anos depois, isso infelizmente ainda acontece) Thelma teria sua posição de vítima questionada, uma vez que todos no bar a viram bêbada e dançando com o seu agressor. Sendo assim as amigas resolvem fugir para o México para não irem para a cadeia, mas os acontecimentos acabam saindo do controle delas de uma forma em que voltar atrás se torna impossível.
O filme tinha todos os ingredientes para se tornar um dramalhão, afinal tudo dá errado e o final está longe de ser feliz. Mas a produção dirigida por Ridley Scott e escrita pela Callie Khouri não toma esse caminho do choro fácil, da vitimização das personagens.Mesmo diante de todo o caos que suas vidas se tornam, Thelma e Louise são seres autônomos, que tomam suas próprias decisões. Erradas ou certas, ninguém as controla. Eu diria que o filme é quase leve, apesar de tratar de temas tão pesados.
Eu li que na época em que foi lançado o filme foi acusado por algumas pessoas de ser anti-homem. Isso, na minha opinião, está longe de ser verdade. Existem dois personagens masculinos ótimos na trama, que realmente querem ajudar Thelma e Louise. Um é o Jimmy (Michael Madsen), namorado de Louise e o outro é o detetive interpretado por Harvey Keitel, que tem o mérito de conseguir ter empatia por elas mesmo sem nunca as ter visto. Ele realmente acredita que nada do que fizeram foi por maldade e que a culpa foi do sistema. Se Thelma e Louise tem um vilão, eu diria que é o machismo. Não os homens.
Já tinha assistido o filme e achei muito bom. Ao rever ele ganhou uma dimensão completamente diferente. É realmente um filmaço. Vale muito a pena. Excelente resenha!
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