terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Thelma e Louise!

                                                           
                                                                 *Texto com spoilers* 

Até semana passada, quando li uma crítica da Lola a respeito, a única coisa que eu sabia sobre o filme Thelma e Louise era que suas protagonistas se chamavam Thelma e Louise! Ou seja, eu não sabia era nada sobre esta produção de 1991, que levou o Oscar de melhor roteiro original. E admito essa minha ignorância sobre o filme com certa vergonha porque é exatamente o tipo de história que me ganha, por trazer mulheres em papéis realmente interessantes e que trata de uma amizade sincera e verdadeira. Coisa que o cinema costuma retratar como se fosse possível apenas entre homens.E não é!

Louise (Susan Sarandon) é uma garçonete solteira (ela tem um namorado, mas não é casada) e independente, que tem como melhor amiga Thelma (Geena Davis) uma dona de casa cujo marido é a personificação de um completo imbecil (desses que acham que a esposa não passa de mais um objeto da casa, como uma geladeira, sabe?). As duas estão levando suas vidas na rotina até que Louise convida a amiga para uma viagem de final de semana e numa atitude inesperada Thelma resolve ir sem pedir autorização ao marido (ela deixa um bilhete avisando).

Empolgada com a liberdade que nunca teve, Thelma pede a amiga que parem em um bar. Lá ela acaba conhecendo um cara que faz o tipo (criminoso) que acredita que se uma mulher está bêbada e aceitou dançar (ou mesmo flertar) com ele, então ela tem necessáriamente que transar com ele, mesmo sem querer. Felizmente Louise chega a tempo de salvar a amiga, mas no meio da confusão acaba matando o sujeito. E o que era para ser uma tranquila viagem de final de semana acaba se transformando numa fuga desesperada.


Louise tem medo de procurar a polícia para contar o ocorrido porque sabe que numa sociedade machista como a que vivem (e mesmo hoje, mais de vinte anos depois, isso infelizmente ainda acontece) Thelma teria sua posição de vítima questionada, uma vez que todos no bar a viram bêbada e dançando com o seu agressor. Sendo assim as amigas resolvem fugir para o México para não irem para a cadeia, mas os acontecimentos acabam saindo do controle delas de uma forma em que voltar atrás se torna impossível.

O filme tinha todos os ingredientes para se tornar um dramalhão, afinal tudo dá errado e o final está longe de ser feliz. Mas a produção dirigida por Ridley Scott e escrita pela Callie Khouri não toma esse caminho do choro fácil, da vitimização das personagens.Mesmo diante de todo o caos que suas vidas se tornam, Thelma e Louise são seres autônomos, que tomam suas próprias decisões. Erradas ou certas, ninguém as controla. Eu diria que o filme é quase leve, apesar de tratar de temas tão pesados.

Eu li que na época em que foi lançado o filme foi acusado por algumas pessoas de ser anti-homem. Isso, na minha opinião, está longe de ser verdade. Existem dois personagens masculinos ótimos na trama, que realmente querem ajudar Thelma e Louise. Um é o Jimmy (Michael Madsen), namorado de Louise e o outro é o detetive interpretado por Harvey Keitel, que tem o mérito de conseguir ter empatia por elas mesmo sem nunca as ter visto. Ele realmente acredita que nada do que fizeram foi por maldade e que a culpa foi do sistema. Se Thelma e Louise tem um vilão, eu diria que é o machismo. Não os homens.
 

 





sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Cine Vitória- Livraria Cultura!

Finalmente consegui conhecer a mais nova livraria da cidade, a filial da Livraria Cultura que inaugurou no prédio do antigo Cine Vitória no centro do Rio de Janeiro no dia 17 de dezembro do ano passado. É a segunda loja desta rede na cidade (a outra fica no shopping São Conrado Fashion Mall) e sem dúvidas é um projeto realizado com muito capricho por parte de seus idealizadores.

A nova Livraria Cultura ocupa um espaço de 3.300 m², com direito a um teatro (Eva Herz) no subsolo e a uma galeria de arte no último andar.  Tudo neste projeto é muito bem pensado e consegue aliar o consagrado estilo da livraria (suas estantes de madeira, carpetes coloridos, letreiros e etc) com a arquitetura interna do prédio. A ideia de fazer uma espécie de rampa em formato de caracol para que os consumidores cheguem a outros andares também ficou ótima, na minha opinião. 

No percurso entre um piso e outro, enquanto gira, o leitor tem a sua disposição várias estantes repletas de livros, separados por assunto, para escolher. E para quem não quer encarar o gira-gira do caracol é possível usar as escadas rolantes da loja. Além de livros, existe uma infinidade de artigos fofíssimos de papelaria, filmes, eletrônicos, música e etc. No último piso eles tem até mesmo um fogão! Li que é para futuros workshops de culinária...E falando em comida, eles também tem um café charmoso para quem quiser fazer uma pausa para o lanche.

Gostei especialmente do cantinho dedicado aos livros infantis, que é uma fofura só e do espaço reservado a coisas da cultura geek. Tenho muitos amigos nerds e tenho certeza que esta parte da livraria vai encantá-los. Também é bem legal eles terem espalhado lousas com trechos de livros escritos em giz por prateleiras da loja.  Só achei ruim a falta de preços nos produtos, acho chato ter que ficar procurando aquelas máquinas de preço ou ter que caçar funcionário para pedir essa informação.

Mesmo menor que a Livraria Cultura do Conjunto Nacional de São Paulo, que tive a oportunidade de conhecer ano passado e que é realmente enorme, a filial inaugurada no centro do Rio de Janeiro é um charme só e merece ser visitada. Acho ótimo que os cariocas possam contar com um lugar assim bem no coração da cidade. Mais do que visitar uma loja, ir à esta livraria é uma experiência muito agradável para os amantes de livros.

A Cine Vitória - Livraria Cultura fica na Rua Senador Dantas, 45 - Cinelândia -RJ

Fonte das Fotos: Página da Livraria Cultura no Facebook.

Página Relacionada: www.livrariacultura.com.br



sábado, 5 de janeiro de 2013

Paris-Manhattan!

Uma das atrações do (excelente) Festival Varilux de Cinema Francês de 2012, Paris-Manhattan finalmente entrou em circuito comercial (pelo menos aqui no Rio de Janeiro) e é uma ótima opção para quem quer ir ao cinema assistir a uma produção divertida e leve, mas sem ser pastelão.

O filme da diretora Sophie Lellouche é uma comédia romântica que conta a história da farmacêutica  Alice (Alice Taglioni), uma mulher apaixonada por seu trabalho e também por Woody Allen, cujos filmes recomenda para seus clientes como terapia complementar aos remédios. Apesar de Alice se dizer  feliz sozinha, sua família insiste em acreditar que ela precisa arrumar um marido para ser plenamente realizada e faz de tudo para lhe apresentar a namorados em potencial. Alice não acredita nessa necessidade de se ter um relacionamento amoroso para ser feliz e se irrita com o comportamento invasivo de seus pais. Porém um inesperado encontro com Victor (Patrick Bruel) a levará a questionar sua convicção em permanecer sozinha. 

Paris-Manhattan não é um filme que vai mudar a vida de ninguém, e nem é essa sua proposta, mas consegue pegar um gênero já bastante desgastado e dar um folêgo novo ao ser uma comédia romântica bem acima da média, com personagens interessantes, diálogos divertidos e uma história simples, mas muito bem contada. Esta produção francesa é garantia de boas risadas e de sair do cinema acreditando no amor. E pra quem (como eu) é fã de Woody Allen o filme ainda tem o bônus de contar com a participação mais do que especial deste diretor.

Onde assistir (Rio de Janeiro):

Estação Sesc Botafogo - Horários: 15:00, 16:40, 18:20, 20:00
 
Estação Vivo Gávea - Horários: 15:20, 17:00, 18:40, 20:15

Unibanco Arteplex - Horários: 14:00, 16:00, 20:00, 22:00 

gina Relacionada: www.ingresso.com.br